De acordo com informações do Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES), a falsa médica confessou que adquiriu o diploma falso da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) pela internet e, ainda, que foi a responsável pela denúncia anônima que desencadeou a descoberta da fraude. No entanto, a alegação de “arrependimento posterior” não convenceu o juiz, que classificou “ser pouco crível que a própria ré assim agisse após todos os atos até ali praticados”.
Segundo a denúncia, o diploma falso foi apresentado na seccional do Conselho Regional de Medicina (CRM) em Cachoeiro de Itapemirim e, em seguida, enviado para a sede do órgão, em Vitória, onde deveria ser assinado pelo presidente para emissão do registro. Em depoimento em juizo, a funcionária do órgão de classe disse que, se não fosse a denúncia anônima, a ré teria recebido a carteira profissional, “pois a documentação passou tanto aqui como em Vitória sem que fosse percebida a fraude”, afirmou a testemunha.