No pedido de conversão da prisão, a Promotoria de Justiça de Ecoporanga destacou a necessidade da medida em razão de um dos presos [Fábio Machado] ser aliado político do atual prefeito de Ecoporanga [Pedro Costa, do PT] e que o mesmo vem praticando comprovadamente, desde o ano de 2001, inúmeros crimes e atos de improbidade administrativa. O pedido do MPES levou em consideração que, mesmo afastado de cargo público, o citado continua a frequentar a Prefeitura e a se intrometer nos atos de gestão do prefeito, em especial, nos atos de licitação.
“No caso vertente, da análise minuciosa dos autos, nota-se que os delitos objeto de apuração são de extrema gravidade e de cunho de grande repercussão na região, os quais colocam em dúvida a honestidade e a moralidade que devem ser observados nos procedimentos licitatórios, onde o objeto a que se trata é a ‘coisa pública’. Pelas apurações colhidas até o momento pela autoridade policial e pelo Ministério Público, existem indícios suficientes de que os investigados estão atuando em uma complexa organização voltada para a prática delituosa”, pontuou o magistrado.
Pelas investigações, a lista de abastecimento tinha veículos que não estavam em condições de tráfego, mesmo assim, a Prefeitura de Ecoporanga pagava pelo combustível e o dinheiro era dividido entre os indiciados.