Após adquirir um apartamento novo na Serra, o proprietário passou a enfrentar problemas de saúde. O imóvel apresentava diversos pontos de infiltração que propiciaram a criação de mofo, que teriam sido responsáveis pelos problemas de saúde ao morador.
A Justiça determinou que o morador seja indenizado em R$ 10 mil. Além de indenizar o comprador, as três empresas responsáveis pela construção e venda do imóvel foram condenadas, em tutela antecipada, a custear a locação de um apartamento similar, no valor de R$ 900,00 mensais, onde o proprietário deverá ficar acomodado até que os reparos sejam concluídos.
Segundo o requerente, as infiltrações foram detectadas em todos os cômodos, logo após a entrega das chaves, ocasionando o surgimento de mofo e causando danos a estrutura do imóvel.
Em sua defesa, as empresas requeridas alegaram ter prestado a devida assistência ao comprador, que não teria cooperado para a solução do problema, agravando a situação do imóvel.
A visita técnica enviada pelos réus não teria constatado a infiltração, sugerindo então que o proprietário melhorasse a ventilação do apartamento, alegando se tratar de uma situação de umidade generalizada.
Porém, ao observar as provas da acusação, o magistrado da 4º Vara Cível da Serra constatou que as fotografias apresentadas, “revelam ocularmente o estado absolutamente insalubre em que o imóvel se encontra, diante da formação de mofo por todas as partes do apartamento”.
Em contrapartida, em momento algum os réus comprovaram que seria o requerente o responsável pelas infiltrações no imóvel, afirmou o juiz em sua decisão.
Segundo o magistrado, o que se extrai das alegações da defesa dos requeridos é a tentativa de culpar o requerente pelos problemas no imóvel, sob a justificativa de que ele não teria acolhido as orientações de melhorar a ventilação no apartamento.
Assim, observando que diante dos problemas enfrentados o requerente sequer pode usufruir de seu apartamento recém-adquirido, o juiz concluiu pela procedência do pedido autoral por danos morais.