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MPES nega abertura de investigação sobre suposto áudio do prefeito da Serra

O Ministério Público Estadual (MPES) negou a abertura de uma investigação contra o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), pelo áudio vazado nas redes sociais sugerindo uma eventual solicitação de vantagem indevida por um dos interlocutores, cuja voz guarda semelhança com a do político. Na decisão publicada nesta terça-feira (6), a promotora de Justiça, Maria Clara Mendonça Perim, destacou que tal prova não pode ser considerada lícita pelo fato de ter sido encaminhada de forma anônima, sem o registro de conhecimento de algum dos interlocutores da conversa ou prévia autorização judicial.

“Portanto, ainda que a prova se trate de supostos atos ímprobos praticados dentro da Administração Pública, a prova obtida afronta a Constituição Federal. Diante disso, considerando que as provas foram concebidas por meio ilícito, é o caso de indeferimento de instauração de procedimento”, diz a decisão assinada no último dia 2. O caso deve ser arquivado de forma definitiva, sem a necessidade de remessa ao Conselho Superior do Ministério Público.

Nas últimas eleições, o suposto áudio circulou pelas redes sociais às vésperas do primeiro turno das eleições. O material serviu até de base para um dos três pedidos de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores. O caso também foi parar na Justiça Eleitoral, que chegou a impedir a veiculação de vídeo – montagem do áudio com imagens do prefeito. Na época, a defesa de Audifax já alertava sobre a ilicitude na obtenção da gravação, considerada como utilizada para fins eleitorais.

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