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MPES quer vereador longe da mulher que o denunciou por assédio

O vereador Valdemir da Silva Pereira (PDT), o Mir de Guararema, de Nova Venécia (noroeste), pode ser impedido pela Justiça de se aproximar de outra vítima que o denunciou por assédio sexual. Requerimento neste sentido foi apresentado à Justiça local pela Promotoria do Ministério Público Estadual (MPES).

Caso a Justiça acate o pedido, Mir de Guararema terá que se manter pelo menos 10 metros de distância da mulher. Na ação, que tem pedido de urgência, o promotor pede também que o parlamentar fique proibido de estabelecer qualquer contato com a vítima, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação, especialmente o telefone.

A medida protetiva aponta que o vereador assediou e solicitou vantagem indevida (encontro sexual) em razão do cargo. É em favor de uma ex-servidora da Câmara, que não aceitou as investidas do vereador e passou a ser “perseguida” por Mir de Guararema, sendo exonerada do cargo comissionado que ocupava, como aponta o MPES.

O vereador já foi alvo de outra denúncia recente por ter solicitado vantagem indevida em razão do cargo, antes de assumir a função. Agora, outra mulher o denunciou.

Apesar disso, Mir de Guararema recebeu a solidariedade de seus colegas vereadores de Nova Venécia, pois foi inocentado na primeira denúncia de assédio sexual. Escapou da ação da Corregedoria da Câmara Municipal.

Agora, com a nova ação da Promotoria de Justiça de Nova Venécia, sua situação começa a complicar, pois ao fim dos processos que está respondendo, poderá perder o cargo por falta de decoro parlamentar.

De acordo com a vítima, em meados de 2017, a então servidora comissionada da Câmara de Nova Venécia passou a sofrer constrangimentos por parte do vereador, que teria até tentado beijá-la à força. Ele solicitou o encontro sexual com proposta de manter a vítima no cargo.

Outros processos

Na Câmara de Nova Venécia, vários casos de corrupção foram registrados na atual legislatura. O vereador Luciano Pereira dos Santos (PV), conhecido como cabo Tikeira, está afastado do cargo pela Justiça. Ele responde a processo em que é denunciado pelo MPES pela prática de rachid.

Também foi denunciado em ação civil pública por ato de improbidade administrativa o vereador Josiel Santana, conhecido como Biel da Farmácia (PV), por interferência na marcação de exames e consultas em diversos órgãos de saúde. 

Em julho passado, o vereador Ronaldo Mendes Barreiros (SD) teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar e improbidade administrativa. Ronaldo foi denunciado por peculato-furto de um notebook que pertencia à Câmara, onde ele trabalhava. De acordo com a denúncia, o vereador retirou o notebook do gabinete de vereadores e o levou para casa, em janeiro de 2017, quando o legislativo estava de férias. A cassação do vereador foi motivada por iniciativa popular.

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