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​MPES realiza operação para combater corrupção na Câmara de Linhares

Foram realizadas busca e apreensão no gabinete do vereador Dr. Carlos Almeida (PDT), reeleito em 2020

A operação “Consultório do Crime” foi deflagrada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) na manhã desta quinta-feira (11) na Câmara de Linhares, norte do Estado, para combater crime de corrupção por meio de “rachid”, quando um político que exerce mandato exige parte do pagamento de servidores como condição para a obtenção ou manutenção do trabalho.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, incluindo o gabinete do vereador Dr. Carlos Almeida (PDT), reeleito no ano passado,  com a obtenção de diversos elementos de prova, como aponta o MPES. As diligências, porém, estão sob segredo de justiça. Houve apenas uma intercorrência durante o cumprimento de um dos mandados, quando foi presa uma pessoa por porte ilegal de arma de fogo, de nome não informado.

Participaram da operação 16 policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte), dois policiais militares do 12º Batalhão da Polícia Militar, além de cinco promotores de Justiça. O nome da operação faz referência a um dos alvos, que é o vereador do PDT.

Segundo fontes da Câmara, as investigações se desenvolvem no mesmo contexto da operação “Salário Amigo”, realizada em 2018, que resultou na cassação da então vereadora Rosa Ivânia Euzébio dos Santos, a Rosinha (PSDC), em 2019.
A denúncia do Ministério Público de Linhares contra Rosinha apontou que ela infringiu 33 vezes artigos do Código Penal, por exigir, direta ou indiretamente, vantagem indevida dos seus subordinados, extorsão prevista em lei. Outras pessoas também estariam envolvidas na prática, o que levou a Justiça a expedir, além do mandado da prisão da vereadora, dois de busca e apreensão e 12 conduções coercitivas de testemunhas.


Em nota assinada pelo procurador geral, Márcio Pereira Pádua, a Câmara de Linhares afirmou que se posiciona “sempre pela elucidação dos fatos e se coloca à disposição da Justiça e do Ministério Público para qualquer esclarecimento que se fizer necessário”.

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