sábado, novembro 16, 2024
26.6 C
Vitória
sábado, novembro 16, 2024
sábado, novembro 16, 2024

Leia Também:

MPF cobra abertura de processo contra deputado Freitas por sonegação fiscal

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a abertura de um processo contra o deputado estadual José Eustáquio de Freitas (PSB) pelos crimes de sonegação fiscal e de contribuição previdenciária. Ele é acusado de não registrar a receita real da Drogaria Grillo, adquirida em 2004, e as despesas salariais com segurados empregados nos anos seguintes. O pedido foi encaminhado ao Tribunal Regional Federal da 2º Região (TRF-2), que deve julgar se recebe ou não a denúncia, dando início ao processo penal.

De acordo com informações do MPF no Espírito Santo, a fraude beneficiou a empresa com o regime de arrecadação Simples Nacional e foi detectada a partir de reclamações trabalhistas. Pelos cálculos da Receita Federal em 2012, os crimes citados na denúncia provocaram prejuízo à União de pelo menos R$ 258 mil a serem reparados (com atualização) ao fim do processo.

Na manifestação, o procurador regional da República, Maurício Manso, rebateu a recente defesa prévia de Freitas para a denúncia oferecida em fevereiro passado. Para o órgão ministerial, a rede de farmácias declarou faturamentos mensais e anuais inferiores ao real mesmo após a mudança na sociedade empresarial a fim de mantê-la indevidamente como beneficiária do sistema Simples Nacional.

“Apesar de as ilicitudes terem sido reveladas a partir das reclamações dos funcionários da sociedade anterior, recontratados pela empresa do denunciado, os crimes imputados ao acusado referem-se ao período posterior a 2004, ocasião em que ele já administrava as atividades comerciais da empresa”, assinalou Maurício Manso.

A Justiça do Trabalho ordenou uma intervenção na empresa em julho de 2006 para satisfazer créditos dos reclamantes e o interventor constatou a prática criminosa nos meses anteriores à sua nomeação. As reclamações trabalhistas partiram de funcionários da drogaria até 2004 recontratados pela empresa de Freitas, que veio a ser condenado a custear o passivo trabalhista.

Mais Lidas