De acordo com informações do MPF/ES, os empresários Carlos Costa, Carlos Wanzeler e a filha deste, Lyvia Mara Wanzeler, foram acusados de sonegar quase R$ 90 milhões, além de prestar informações falsas à Receita Federal sobre a Ympactus Comercial, razão social que adotou o nome fantasia de Telexfree. Os outros 19 denunciados são acusados dos crimes de “pirâmide financeira” e de operar instituição financeira clandestina pela operação de câmbio e remessa de divisas para o exterior.
Para a Procuradoria, a Telexfree, além de ser um esquema híbrido de pirâmide e Ponzi, efetivamente atuava como instituição financeira clandestina, uma vez que captava, administrava e intermediava recursos de terceiros, mediante processos fraudulentos. Além da condenação dos acusados, o MPF pede que a Justiça mantenha o arresto dos bens (dinheiro, carros, aeronave, imóveis, entre outros) obtido nas medidas cautelares e executados na Operação Orion (deflagrada em 24 de julho de 2014), e, caso condenados, que determine a perda definitiva desses bens.
As denúncias de sonegação fiscal e de emitir, oferecer e negociar valores mobiliários, além da referente à instituição financeira clandestina, contra Carlos Costa, Carlos Wanzeler e Lyvia Wanzeler já foram recebidas pela Justiça. Eles serão citados para apresentar as defesas. A outra denúncia, referente ao crime de pirâmide financeira, que abrange todos os 22 acusados, e também o crime de operação de instituição financeira clandestina para os 19 restantes ainda está em análise na Justiça Federal.
O Ministério Público informou ainda que o sócio americano da Telexfree, James Matthew Merril, não está sendo denunciado, neste momento, porque está negociando os termos de seu acordo de colaboração nos Estados Unidos e, posteriormente, os termos da internalização desse acordo pelas autoridades brasileiras.
Confira a lista dos 22 denunciados: