terça-feira, novembro 19, 2024
27.7 C
Vitória
terça-feira, novembro 19, 2024
terça-feira, novembro 19, 2024

Leia Também:

OAB-ES pede solução rápida para greve dos servidores do Tribunal de Justiça

Após três semanas de greve dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), a seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/ES) pediu uma solução rápida para o fim do movimento paredista que, segundo a entidade, “se arrasta em demasia”. Em nota pública divulgada nesta terça-feira (20), a entidade conclamou às partes para que discutam com “equilíbrio e isenção” uma resolução do impasse entre a administração do TJES e a categoria. “O atual estado de greve penaliza o jurisdicionado, pune a advocacia e atrasa ainda mais a prestação jurisdicional”, afirma o texto.

O documento também afirma que não estaria sendo cumprida a exigência da manutenção de 30% do funcionamento das varas, além da falta do atendimento das medidas de urgência. “É inaceitável que cartórios recusem receber pedidos de liberdade, como se a liberdade não fosse urgente. É imperioso que o Tribunal e o Sindijudiciário sentem à mesa, discutam com equilíbrio e isenção e cheguem a uma solução para por fim a uma greve que a ninguém interessa”, destaca a nota.

Entretanto, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijudiciário) garante que 30% dos servidores nas varas e demais setores administrativos estão trabalhando sobre regime de plantão para atender às urgências e emergências. O movimento paredista atinge os servidores efetivos, em estágio probatório e aqueles não sindicalizados, excluindo os servidores licenciados, cedido de outros órgãos, estagiários e em cargos comissionados, como prevê a Lei de Greve.

Chama a atenção que a nota pública da OAB/ES foi publicada um dia após as críticas feitas nas redes sociais pela candidata à presidente da entidade, a procuradora do Estado, Santuzza da Costa Pereira, sobre a omissão da atual gestão em relação à greve do Judiciário. “É preciso apoiar os servidores e assumir uma posição para ajudar a resolver este problema que tanto prejudica advogados e sociedade”, diz a postagem. O atual presidente da Ordem, Homero Junger Mafra, concorre ao terceiro mandato consecutivo.

De acordo com o cronograma da greve, divulgado pelo Sindijudiciário, a próxima assembleia da categoria está marcada para o próximo dia 6, quando o movimento paredista vai completar um mês. Até o momento, a administração do TJES não sinalizou que vai atender à principal reivindicação dos trabalhadores: o cumprimento da revisão geral anual dos vencimentos – com efeitos retroativos ao mês de maio, data-base da categoria. Apesar da direção do tribunal justificar a falta de orçamento para gastos com pessoal, o sindicato cobra isonomia de tratamento com os togados, que tiveram reajuste de 15% nos salários em janeiro.

Além da questão salarial, os servidores também pedem retorno de gratificações, correção de auxílios (saúde e alimentação), bem como melhoria nas condições de trabalho nos fóruns de todo Estado. Uma contraproposta feita pelo sindicato chegou a ser apresentada à Presidência do TJES, mas não há um posicionamento sobre as sugestões. Sem acordo, a greve segue por tempo indeterminado.

Mais Lidas