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Petrobras nega existência de vazamentos de gás em usina na sede em Vitória

A Petrobras negou a existência de vazamentos de gás nas instalações de sua sede em Vitória, como denunciou um ex-funcionário da estatal. A companhia afirmou, em nota enviada ao jornal Século Diário, que as operações no prédio seguem rigorosamente os critérios estabelecidos na legislação vigente. O texto afirma que a empresa realiza medições constantes do nível de qualidade do ar, sendo que nenhum vazamento de gás teria sido detectado nos últimos 18 meses.

De acordo com a nota, logo após a publicação da primeira reportagem sobre o tema, o Corpo de Bombeiros e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente acompanharam aferição de rotina realizada pela Petrobras no Edifício Vitória (Edivit) nos dias 11 e 16 de março. “A aferição, realizada em seis pontos entre o prédio da Central de Utilidades (onde se localiza a central de ar condicionado) e o limite do terreno, não identificou a presença de qualquer gás fora dos limites estabelecidos pelos órgãos de controle, o que foi confirmado pela medição realizada pelo Corpo de Bombeiros, que trouxe equipamento próprio”, afirma a empresa.

Segundo a Petrobras, as operações no prédio seguem os estabelecidos na Licença Ambiental de Operação e Alvará de Localização e Funcionamento, emitidos pela Prefeitura de Vitória e Corpo de Bombeiros.  “Nos últimos 18 meses, essas medições são realizadas três vezes por semana, em cinco horários durante o dia. As aferições normalmente indicam ausência de qualquer gás fora dos limites estabelecidos pelos órgãos de controle”, narra um dos trechos da nota.

A empresa pondera ainda que, devido a condições meteorológicas específicas, identifica-se apenas a presença de monóxido de carbono, porém em índices muito inferiores ao limite estabelecido – que é de 39 partes por milhão (ppm). A nota garante que todas as medições são arquivadas, sem qualquer registro de vazamento de gás na unidade, localizada na Reta da Penha.

Sobre a denúncia de que a usina de climatização seria instalada em uma área de caverna, a empresa esclareceu que “o Edivit foi construído em um terreno rochoso e irregular, sem a existência de cavernas”. A nota afirma que, como o gás metano é mais leve que o ar, o confinamento nas supostas cavernas seria inviável.

Em relação ao sistema de combate às chamas, a Petrobras informa que o projeto de combate a incêndio foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros, sendo que é inspecionado anualmente para a renovação do alvará. “Além disso, a Petrobras realiza sistematicamente simulados de emergência com o sistema de combate a incêndio, assim como com todos os sistemas de segurança do prédio, entre eles, o Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio (SDAI), o Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e sistema de pressurização de escadas”, completa.

A empresa também garante que, mesmo em caso de falta de energia elétrica, o prédio tem geradores de emergência que garantem o funcionamento do sistema de combate a incêndio. Com relação às escadas de emergência, a empresa utiliza o sistema de pressurização, composto por um conjunto de ventiladores, que insufla ar continuamente, fazendo com que, em casos de incêndio, a fumaça seja direcionada para fora dos pavimentos.

A Petrobras também afirma que não há registro de registro de animais mortos no prédio ou no seu entorno.

Denúncia

No início de março, o jornal publicou uma reportagem especial com a denúncia do ex-técnico de inspeção de equipamentos da Petrobras, Carlos Irapuan Lube de Menezes, que revelou a existência de vazamentos de gases tóxicos da usina responsável pela climatização de cinco unidades da sede da estatal. Segundo o advogado Ricardo José Ribeiro, que atua como representante de um ex-funcionário da estatal, os alertas feitos pelo seu cliente teriam sido ignorados pela direção da companhia.

Apesar das justificativas da empresa sobre a inexistência de vazamentos, os vizinhos da sede da Petrobras alegam que sentem o cheiro de gás quase todos os dias e que a situação se agrava nos finais de semana. Caso dos moradores da Rua José Luiz Gabeira, que fica exatamente ao lado da usina de transformação do gás natural. No local, é realizado um processo de queima de um componente químico, que provoca o resfriamento da água, bombeada para os demais prédios da sede.

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