De acordo com informações da PF, as investigações tiveram início a partir de cruzamento de dados em que foram identificados fortes indícios de crimes contra a ordem tributária em empresas com elevada emissão de notas fiscais sem o correspondente pagamento dos tributos devidos. Nos últimos anos, o esquema teria movimentado em torno de R$ 460 milhões no Estado. As empresas teriam emitido mais de R$ 230 milhões em notas fiscais de saída, nos últimos cinco anos. No entanto, a PF aponta que elas recolheram junto aos cofres públicos quantias irrisórias.
A fraude consistia na criação e utilização de empresas de fachada para emissão de notas fiscais (empresas “noteiras”) que lastreavam operações de venda de plásticos e embalagens plásticas para todo o território nacional. Foram identificadas, aqui no estado, mais de 13 empresas criadas pela organização criminosa, conhecida como “Máfia do Plástico”, com o objetivo de emitir notas fiscais inidôneas, tendo em comum o mesmo grupo de contadores. Investigações apontam que o grupo também atuava em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Participam da operação 30 servidores da Receita Federal e 44 policiais federais. Os mandados judiciais foram expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Vitória, sendo três em Colatina, dois em Vila Velha, dois em Guarapari e outro em Vitória. Com a participação da Polícia Federal, passou a ser apurada, em tese, a prática dos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.