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Prefeito eleito de Barra de São Francisco denuncia atual por omitir informações

O prefeito eleito de Barra de São Francisco (região noroeste), Alencar Marim (PT), denunciou o atual prefeito Luciano Pereira (DEM) por problemas na transição de governo. A pouco mais de 30 dias da posse do sucessor, o demista estaria se negando a prestar informações sobre o funcionamento de diversos órgãos do município. Nesta quarta-feira (30), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), José Antônio Pimentel, determinou a notificação do prefeito para responder às acusações.

Na representação (processo TC 9834/2016), o petista afirma que o atual prefeito estaria descumprindo a Constituição Estadual por omissão de prestar informações ao prefeito eleito para o mandato 2017/2020. Consta na denúncia que o prefeito encaminhou dois ofícios – o primeiro informando os membros que compõem sua equipe de transição, enquanto o outro solicitava as primeiras informações sobre a gestão. No entanto, os documentos não teriam sido respondidos até a protocolização do texto, no último dia 10.

No período, o prefeito eleito recorreu ao Ministério Público Estadual (MPES), que chegou a expedir uma recomendação a Luciano Pereira para que respondesse aos pedidos e nomeasse sua equipe de transição. Entretanto, a defesa de Alencar Marim sustenta a “reiterada omissão do atual chefe do Executivo”. Pela Constituição Estadual, o candidato declarado eleito pela Justiça Eleitoral tem assegurado o acesso às informações sobre a administração. A norma prevê ainda que o TCE pode ser acionado em caso de descumprimento.

Esse não foi o único caso em que foi necessária a intervenção do Ministério Público. Em outubro, a Promotoria de Justiça de Marataízes (região litoral sul) já havia expedido uma recomendação ao atual prefeito Jander Nunes Vidal (PSDB) e ao prefeito eleito, Tininho (PRP), atual vice-prefeito, para que adotassem providências para evitar problemas na transição. Os dois se tornaram adversários políticos após o afastamento do tucano do cargo por suspeita de corrupção. Nos quase dois anos de interinidade, Jander recorreu às instâncias superiores para retornar, enquanto Tininho se movimentava para se efetivar no cargo.

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