Sobre as suspeitas no Hospital de Clínicas de Campo Limpo Paulista, em que os servidores entraram em greve no final de outubro, a entidade afirma que não recebeu do contratante o repasse integral do custeio mensal, resultando no atraso pontual de 50% dos honorários médicos do mês de outubro deste ano. “O acerto aos profissionais foi feito imediatamente após o recebimento do valor contratual”, garantiu a nota.
Em Cubatão, a Pró-Saúde ingressou na Justiça para exigir que o município assumisse a gestão do Hospital Municipal. A entidade cobra uma suposta dívida de R$ 18 milhões por três meses de repasses não realizados. O pedido de transferência da gestão foi acolhido pela Justiça paulista. “Tão logo o contratante cumpra o pagamento da dívida contratual, também ajuizada, a entidade efetuará o repasse dos honorários médicos”, afirmou a Organização Social de Saúde (OSS).
Novo São Lucas
No edital de credenciamento lançado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a Pró-Saúde obteve a maior pontuação (90,5 pontos), superando o Instituto Corpore, único concorrente habilitado, que ficou com 48,5 pontos. Ao todo, 14 entidades manifestaram o interesse em participar da disputa, sendo que apenas oito formalizaram as propostas. De acordo com o relatório final da licitação, a Pró-Saúde deve receber até R$ 95,4 milhões por ano. Deste total, a entidade deve receber R$ 89,3 milhões a título de custeio da unidade, além de mais R$ 6,1 milhões para investimentos.
A Pró-Saúde vai assumir a gestão do hospital inaugurado no ano passado após a rescisão do contrato com o Instituto Americano de Pesquisa, Medicina e Saúde Pública (Iapemesp), acusada de irregularidades na contratação de serviços e aquisição de medicamentos. No final do ano passado, a gestão do então governador Renato Casagrande (PSB) determinou a intervenção administrativa no novo São Lucas, após um relatório da área técnica da Sesa ter apontado indícios de irregularidades. A defesa do Iapemesp alegou que todos os pagamentos questionados se tratam de meras falhas formais, sem qualquer ocorrência de mau-uso ou desvio de recursos públicos.