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Procuradoria-Geral analisa denúncia de seminarista contra padre reitor

A denúncia de Wilson Rodrigues Nascimento foi feita no mês passado contra a conduta do padre Elder Malovini Miossi

Arquivo Pessoal

Está com a procuradora-geral de Justiça do Estado, Luciana Gomes Ferreira de Andrade, para tomar ciência e adotar as medidas cabíveis, a denúncia do seminarista Wilson Rodrigues Nascimento, do mês passado, contra a conduta do padre Elder Malovini Miossi, reitor do seminário católico localizado na Serra. 

A região é apontada como de alto nível de contágio da Covid-19 no Espírito Santo e, por esse motivo, Wilson e o colega Pablo Antunes Colle questionaram a determinação de haver aulas presenciais na instituição em meio à pandemia do coronavírus. 
Na última quarta-feira (6), o promotor Pablo Drews Bittencourt Costa, chefe da Promotoria de Justiça Cível, encaminhou expediente à procuradoria-geral de Justiça, afirmando que a denúncia sinaliza “potencial prática de ilícitos” na conduta do padre Elder Malovini Mioss. 
O procedimento do reitor provocou o desligamento de ambos do seminário. A partir da decisão do reitor, no dia 23 do mês passado, o seminarista Wilson encaminhou uma denúncia à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) e registrou no Boletim de Ocorrência na Polícia Civil (BO), em que relata perseguições, desrespeito aos direitos humanos e práticas autoritárias do reitor. 
A OAB prometeu encaminhar uma notificação ao padre, acusado de obrigar seminaristas a frequentarem aulas presenciais, sob a ameaça de expulsão, ignorando o risco de contaminação da Covid 19. Com a decisão, o reitor colocou em risco a permanência no seminário não só de Wilson, mas de outros 18 alunos, excetuando Pablo Antunes Colle, que permaneceu em sua casa, em São Mateus, norte do Estado. 
A polêmica que se instalou motivou uma reunião com autoridades da Igreja Católica, inclusive o bispo Paulo Bosi Dal’bó, chefe da Diocese de São Mateus, onde os seminaristas residem. A instituição se pronunciou por meio de uma nota, na qual afirma que as denúncias são improcedentes. 
“A instituição tem cumprido as medidas sanitárias orientadas pelos órgão de saúde competentes para evitar a disseminação do Covid-19 entre padres, seminaristas, colaboradores e fiéis. Seu compromisso é com a vida humana e o bem-estar de todos”.

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