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Projeto de lei destina contrapartida de incentivos fiscais para financiamento da saúde

Um fundo estadual poderá utilizar os recursos da contrapartida de incentivos fiscais para ajudar no financiamento da saúde. Essa é a proposta do deputado estadual Rodrigo Coelho (PDT), que protocolou no seu retorno à Assembleia um projeto de lei (PL 349/2016), que institui o Fundo de Apoio aos Hospitais Públicos e Filantrópicos do Espírito Santo. A matéria recebeu o parecer negativo da Mesa Diretora, mas deve ser reapreciada pela Comissão de Justiça antes de iniciar sua tramitação.

Atualmente, o projeto de lei está sob exame da Procuradoria da Casa, que vai opinar pelo seguimento ou não da discussão. O projeto foi devolvido ao autor por ser considerado inconstitucional ao invadir competência privativa do governador do Estado, porém, o autor recorreu da decisão.

De acordo com informações da Web Ales, o PL 349 tem como objetivo “fomentar a manutenção dos serviços prestados pelas entidades filantrópicas de assistência à saúde pública, direito de todo cidadão”. O fundo será constituído ainda pelos recursos “devolvidos” – duodécimos não utilizados e restituído ao Executivo – oriundos dos demais poderes (Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas)

Segundo a matéria, o fundo terá a gestão da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que poderá fazer a execução direta ou descentralizada desses recursos. A ideia do fundo, segundo o autor, prevê a destinação dos recursos para o pagamento dos serviços realizados por hospitais públicos e entidades de caráter assistencial sem fins lucrativos, incluídos programas de cirurgias eletivas de baixa, média e alta complexidade. Os gastos do fundo não seriam contabilizados no percentual mínimo de aplicação na saúde.

O projeto ainda autoriza o Executivo a realizar as adequações no Plano Plurianual (PPA 2016-2019), abrir crédito especial e criar Unidade Orçamentária no Orçamento do Estado do corrente exercício para o atendimento das despesas previstas em lei. A fiscalização do fundo caberia à Assembleia, que deverá receber, trimestralmente, um relatório detalhado feito pela Sesa com dados sobre as receitas e aplicações feitas.

Rodrigo Coelho ressalta que o enfrentamento das dificuldades na área da saúde depende da união de forças de todas as instâncias, poderes e instituições públicas do Estado. Segundo ele, a ideia é “maximizar a eficiência na gestão dos recursos públicos, de forma a proporcionar a restituição das sobras financeiras e orçamentárias para aplicação na prestação de serviços de ordem pública”.

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