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Promotoria encerra investigação sobre nomeações na Câmara de Cariacica

O Ministério Público Estadual (MPES), por meio da 11ª Promotoria de Justiça Cível de Cariacica, decidiu pelo arquivamento de um procedimento que investigava a suposta prática de nepotismo na Câmara de Vereadores do município. Em decisão publicada nesta segunda-feira (26), o órgão ministerial também afastou a suspeita de irregularidades na concessão de gratificações para duas servidoras na gestão do atual presidente, César Lucas (PV). Ele é investigado em outro procedimento após denúncia de “servidores fantasmas” na Casa.

Para o promotor de Justiça, Leonardo da Costa Barreto, não se vislumbra a hipótese de prática de ato de improbidade administrativa em nenhum dos casos. “Visto que in casu, não restou demonstrado o nepotismo na CMC, nem tampouco irregularidades na concessão da gratificação, havendo amparo legal”, alegou. O pedido de arquivamento será submetido à apreciação do Conselho Superior do MPES, que poderá ratificar o entendimento ou solicitar a redistribuição do caso para outro promotor para reabertura das investigações.

O procedimento preparatório (2016.0021.4734-12) teve início após uma denuncia apócrifa recebida pelo órgão ministerial, dando conta da nomeação de duas servidoras, ocupantes de cargos comissionados, que teriam parentesco com vereadores. Em resposta, a Câmara de Vereadores esclareceu que a nomeação se deu na forma da Súmula Vinculante nº 13, do Supremo Tribunal Federal (STF). Sobre as gratificações, a CMC informou que a lei permite ao presidente da Casa a concessão de gratificação de até 80% aos servidores comissionados que atuam na área administrativa em horário integral. As duas justificativas foram acolhidas pelo titular das apurações.

Além desse procedimento, a Promotoria de Cariacica apura outras suspeitas irregularidades na Câmara de Vereadores, inclusive, que partiram dos próprios integrantes da Casa. Em abril deste ano, o MPES abriu um procedimento para apurar a denúncia feita pelo vereador Sérgio Camillo (PSC) sobre a existência de “servidores fantasmas”, além de contratações ilegais no Legislativo. O caso que recebeu parecer pelo arquivamento não tem relação com esse outro expediente.

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