Até a próxima assembleia, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijudiciário) vai solicitar uma nova reunião com a direção do TJES. A intenção é entregar proposições de contingenciamento de gastos e, ainda, negociar questões administrativas. Entre elas a não compensação pelas horas paradas; arquivamento de todos os processos administrativos abertos contra os servidores em razão da greve; suspensão dos prazos do Código de Normas para fins de cumprimento de mandados até a regularização do montante expedido.
Além disso, o sindicato cobra uma pauta mínima de reivindicações, que inclui o cumprimento da revisão geral anual dos vencimentos no ano de 2015. Apesar da direção do tribunal justificar a falta de orçamento para gastos com pessoal, o sindicato cobra isonomia de tratamento com os togados, que tiveram reajuste de 15% nos salários. Para este ano, tanto os vencimentos de juízes quanto dos servidores estão congelados. Os trabalhadores também cobram o retorno de gratificações, correção de auxílios (saúde e alimentação), bem como melhoria nas condições de trabalho nos fóruns de todo Estado.
Na última terça-feira (26), o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Annibal de Rezende Lima, que tomou posse em dezembro, se reuniu com representantes do sindicato. Mesmo com a disposição da nova cúpula em receber os sindicalistas, o chefe da Justiça estadual não apresentou nenhuma proposta concreta. Ao final do encontro, o desembargador disse que vai examinar as pretensões apresentadas, assim que houver melhora das condições econômico-financeiras do Tribunal de Justiça – que já extrapolou o teto de gastos com pessoal, conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).