Desde o registro das candidaturas, na semana passada, os candidatos têm se dedicado a acompanhar o registro das chapas nas subseções e eventos de campanha, como caminhadas, plenárias e rodas de conversa. Além do famoso “corpo a corpo” junto aos eleitores na porta dos fóruns, a campanha eleitoral na OAB/ES também acontece nas redes sociais. Tanto que os três candidatos contam com uma estrutura parecida com a de eleições gerais, como o uso de marqueteiros políticos e a criação – e veiculação – de peças publicitárias.
Nos bastidores, o favoritismo da disputa é atribuído a Homero que, neste primeiro momento, é o alvo dos principais ataques de Santuzza e Rick, cujos slogans de campanha são: Muda OAB e Uma nova Ordem, respectivamente. Muito embora, as candidaturas tenham o apelo da mudança, os meios jurídicos e políticos desconfiam dessa tese.
Santuzza é filha do ex-presidente da OAB-ES, Agesandro da Costa Pereira, apontado por ela como seu principal cabo eleitoral. A procuradora tem o apoio de outros ex-presidentes, como Antônio Augusto Genelhu, e de nomes como do advogado Carlos Magno Gonzaga Cardoso, que saiu candidato em disputas passadas. No caso de Rizk, ele é filho do atual presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (TRF-17), José Carlos Rizk Filho.
No campo das propostas, as duas chapas de oposição a Homero têm propostas bem parecidas: transparências nas contas da Seccional e da Caixa de Assistência ao Advogado no Estado (CAAES), auxílio aos advogados na operação dos sistemas de processo eletrônico, além da ampliação da comissão de prerrogativas na Grande Vitória e no interior. Em comum, as candidaturas pregam um maior respeito aos advogados e criticam a eventual postura da atual direção à defesa dos interesses de seus aliados.
Já a chapa de situação – intitulada “A Voz do Advogado” – defende as conquistas obtidas nos últimos seis anos de gestão. Homero tem sido alvo de críticas pelo fato de ter declarado que não seria candidato à reeleição, mas acabou entrando na disputa após a desistência do candidato do grupo, Luciano Machado. Outro ponto questionado é a omissão da atual gestão na defesa das prerrogativas dos advogados, que foi a principal bandeira de campanha na primeira eleição de Homero. Nos últimos anos, foram registrados casos de advogados perseguidos por juízes, que não tiveram a resposta imediata por parte da Ordem.
Eleições
A eleição da OAB-ES será no dia 19 de novembro, das 9 horas às 17 horas, com a utilização de urnas eletrônicas. No momento da votação, o primeiro voto será para presidente da Seccional e o segundo para presidente de Subseção. Ao todo, 32 chapas se inscreverem para a disputa das Diretorias de 17 subseções. Os eleitores de Vitória só votarão para presidente da Seccional.
A votação é obrigatória para todos os advogados e advogadas inscritos na Seccional, adimplentes com o pagamento das anuidades. Para votar é necessário apresentar o Cartão ou a Carteira de Identidade profissional ou um dos seguintes documentos: Registro Geral de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho e Previdência Social ou Passaporte.