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Servidores do Judiciário capixaba iniciam greve geral nesta terça-feira

Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) deflagram, a partir desta terça-feira (6), uma greve geral por tempo indeterminado. A categoria reivindica a reposição das perdas salariais, o retorno dos percentuais de assiduidade e do adicional por tempo de serviço (ATS), bem como a melhoria nas condições de trabalho nos fóruns. Durante a primeira semana do movimento paredista, o sindicato dos trabalhadores anunciou a realização de mobilizações na Grande Vitória e no interior do Estado para denunciar à sociedade o descaso da administração do TJES com os serventuários.

Nesta terça-feira, uma grande mobilização está marcada na Praça Homero Mafra, em frente da sede da Justiça estadual, na Enseada do Suá. Na quarta-feira (7), os trabalhadores vão promover o “dia do buzinaço” em vários locais. Em Vitória, a concentração será em frente à Assembleia Legislativa. Também haverá mobilizações nas comarcas de Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, Nova Venécia, São Mateus e Venda Nova do Imigrante. Na quinta e sexta-feira (8 e 9), o movimento se concentrará no recolhimento de assinaturas de populares contra o pagamento do auxílio-moradia  (R$ 4.337 mensais) aos togados.

Durante todo o período de greve, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijudiciário) anunciou que será mantido um “plantão mínimo de 30% dos servidores nas varas e demais setores administrativos para atendimento às urgências e emergências”. A redução atinge os servidores efetivos, em estágio probatório e aqueles não-sindicalizados, excluindo os servidores licenciados, cedido de outros órgãos, estagiários e em cargos comissionados, como prevê a Lei de Greve (Lei Federal nº 7.783/1989).

Na última semana, o sindicato enviou ofícios com a comunicação da greve aos chefes dos três Poderes, além do Tribunal de Contas (TCE) e Ministério Público Estadual (MPES). O texto informa as motivações da paralisação, além de críticas ao descaso do Executivo e do Judiciário para solucionar o impasse dos trabalhadores. Segundo a presidente do Sindijudiciário, Adda Maria Monteiro Lobato Machado, o processo de negociação já dura sete meses sem que a administração se empenhasse em favor da categoria da mesma forma que teria sido feito em benefícios dos magistrados.

“Sempre utilizando a desculpa do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal com relação a gastos com a folha de pagamento, a direção do TJES se nega a atender as propostas dos servidores, esquecendo que somos os principais responsáveis pela máquina do Judiciário funcionar. Entretanto, os magistrados já foram atendidos em todos os seus pleitos pela presidência do Tribunal. Em janeiro, seus altos salários foram reajustados em 15% e todos os meses cada juiz e desembargador recebe o imoral auxílio-moradia de quase cinco mil reais”, frisou a sindicalista em comunicado à categoria.

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