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Servidores do Poder Judiciário mantém greve por tempo indeterminado

Em greve desde outubro do ano passado, os servidores do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Em assembleia realizada nessa sexta-feira (26), a categoria votou, de forma unânime, pela continuidade do movimento paredista até a discussão de uma pauta mínima com a administração do Poder Judiciário. Na próxima semana, os grevistas devem intensificar o uso de camisas pretas e coletes de greve, inclusive, durante a visita da corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, que tentará uma solução para o caso.

Na visão dos trabalhadores, a visita da ministra – que faz parte do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – é bem-vinda, pois demonstraria de que a greve de resistência dos servidores está surtindo efeito. Isso porque os trabalhadores têm que cumprir um plantão mínimo de até 70% dos servidores em atividade, conforme a decisão da desembargadora Elisabeth Lordes. Para o restante dos grevistas, a intenção é de que os trabalhadores realizem novas vigílias na frente da porta dos fóruns.

“Após o pacote de medidas de ajuste fiscal, baixado pela presidência passada do TJES, que cortou os direitos dos trabalhadores no final de 2015, a nova administração continua fazendo ajustes, procurando regularizar o caixa do tribunal, para discutir a pauta de custeio com os servidores”, afirmou a presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijudiciário), Adda Maria Monteiro Lobato Machado.

Durante a assembleia, os servidores denunciaram as práticas abusivas por parte de alguns juízes das comarcas, que impõem procedimentos de urgência em todos os processos, descumprindo o que foi determinado pela desembargadora. O sindicato segue orientando os grevistas a cumprirem integralmente o que foi determinado na decisão. A entidade também pediu informações à Procuradoria Geral do Estado (PGE) sobre a destinação dos R$ 40 milhões previstos no orçamento de 2015 para recomposição salarial, uma das reivindicações da greve.

O sindicato também protocolou requerimentos junto ao próprio Tribunal de Justiça, pedindo a atualização dos valores do vale-alimentação e da indenização de transporte para os Oficiais de Justiça. No entanto, o tribunal não teria se pronunciado, de acordo com a entidade dos trabalhadores. O Sindijudiciário também deve entrar com um mandado de segurança contra o ato que anulou promoções de servidores previstas para o ano passado.

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