O presidente do TJES afirma que, por conta do “estouro do teto”, o tribunal está proibido até mesmo de realizar a nomeação de novos servidores. Uma das restrições também seria o reajuste dos vencimentos dos serventuários, principal pleito da categoria. Já a presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado (Sindijudiciários), Adda Maria Lobato Machado, alega que a revisão geral anual é um direito constitucional, que nem mesmo a LRF poderia ir contra. Ela afirma que a cúpula do TJES não teve o mesmo entendimento ao conceder o reajuste para juízes e desembargadores, que consomem um terço da folha de pagamento.
Ficou aprovado durante a assembleia da categoria um calendário de mobilização, que prevê durante os dias parados a realização de piquetes e assembleias diárias em frente à sede do Tribunal de Justiça, na Enseada do Suá, em Vitória, além de buzinaços, carreatas e a instalação do dia do abaixo-assinado contra o auxílio-moradia, classificado como “imoral” pelos servidores. O benefício no valor de R$ 4,370 é pago mensalmente a todos os magistrados que solicitarem.
Também será realizada uma grande campanha de sensibilização e de esclarecimento junto à população para explicar os motivos que levaram a categoria a entrar em greve, entre eles, a falta de pagamento das perdas inflacionários acumuladas em um ano, falta de pagamento dos plantões – que são obrigatórios -, e o descaso com a valorização do servidor que, segundo o sindicato, é o “responsável por fazer a máquina da Justiça funcionar”.