Isso significa que o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijudiciário) terá que manter um percentual mínimo de 60% dos trabalhadores em atividade – sendo que o índice salta para 70% nos setores de protocolo e em algumas varas especializadas. Essa terça-feira (3) foi o primeiro dia desde o início da paralisação com a contagem dos prazos processuais, muito embora a tramitação regular dos processos esteja relacionada aos casos considerados como urgentes pelos juízes de cada unidade.
Nesta quarta-feira (4), o sindicato recomendou aos servidores, que assim desejarem sem comprometer o índice estabelecido na decisão judicial, acompanhar a audiência pública da lei orçamentária, que será realizado na Assembleia Legislativa, a partir das 14 horas. Na quinta-feira (15), está marcada uma mobilização em frente à sede do Tribunal de Justiça, na Enseada do Suá, a partir de 13 horas. Já a assembleia da categoria será realizada no auditório do SENAC, em Bento Ferreira, na Capital, com primeira chamada às 9h30 de sexta-feira.
O sindicato reiterou o pedido que os servidores grevistas se concentrem nos pontos de mobilização. Aqueles que não puderem devem permanecer em suas comarcas em estado de greve. Até o momento, a administração do TJES ainda não sinalizou o atendimento da pauta de reivindicações dos trabalhadores. Os serventuários podem o cumprimento da revisão geral anual dos vencimentos – com efeitos retroativos ao mês de maio, data-base da categoria. Apesar da direção do tribunal justificar a falta de orçamento para gastos com pessoal, o sindicato cobra isonomia de tratamento com os togados, que tiveram o reajuste de 14,98% em janeiro e vão receber mais 16% de aumento no próximo ano.
Além da questão salarial, os servidores também pedem retorno de gratificações, correção de auxílios (saúde e alimentação), bem como melhoria nas condições de trabalho nos fóruns de todo Estado. Uma contraproposta feita pelo sindicato chegou a ser apresentada à Presidência do TJES, mas não há um posicionamento sobre as sugestões. O sindicato anunciou que um grupo de desembargadores, através da Associação de Magistrados do Estado (Amages), também visa à abertura de um canal de negociação.