Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), em greve há mais de quatro meses, vão realizar duas assembleias para discutir a situação da greve. Na próxima segunda-feira (15), a categoria se reúne para discutir o ato do ex-presidente da Corte, desembargador Sérgio Bizzotto, que anulou as promoções dos servidores. No dia seguinte, o encontro será destinado a uma nova rodada de discussões sobre os rumos do movimento paredista.
As assembleia serão realizadas no auditório do Senac, na Avenida Beira Mar, em Bento Ferreira, na Capital, sempre a partir das 9 horas. Estão convocados todos os servidores atingidos pelo ato – no caso, das promoções anuladas por conta da política de “ajuste fiscal”, além dos trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados.
O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijudiciário) orienta que a categoria deverá permanecer mobilizada, cumprindo o plantão de contingenciamento, respeitando os percentuais definidos na decisão da desembargadora Elisabeth Lordes, que declarou a legalidade do movimento. Os grevistas devem atender as urgências e emergências fixadas pelo magistrado titular da Vara ou da Comarca.
Além disso, os atendimentos ao balcão devem continuar, inclusive concedendo-se vista dos autos, especialmente para fins de esclarecimento do movimento dos trabalhadores, mas somente se deve dar andamento aos processos classificados como urgentes e emergentes.
Desde o último encontro com a administração do TJES, o sindicato dos trabalhadores cobra uma pauta mínima de reivindicações, que inclui o cumprimento da revisão geral anual dos vencimentos no ano de 2015. Apesar da direção do tribunal justificar a falta de orçamento para gastos com pessoal, o sindicato cobra isonomia de tratamento com os togados, que tiveram reajuste de 15% nos salários. Para este ano, tanto os vencimentos de juízes quanto dos servidores estão congelados.
A categoria também cobra o retorno de gratificações, correção de auxílios (saúde e alimentação), bem como melhoria nas condições de trabalho nos fóruns de todo Estado. Sem um acordo com a atual gestão da Corte, a greve permanece por tempo indeterminado.