No documento, a presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sindijudiciário), Adda Lobato, afirma que o problema foi apresentado na última terça-feira (1) e, até o momento, não teve conhecimento das providências adotadas pelas diretorias dos fóruns ou da administração da Justiça estadual. Segundo ela, é dever do empregador assegurar aos seus trabalhadores condições dignas de higiene pessoal, sob pena de responder pelo dano moral decorrente do atentado à dignidade e integridade física e psíquica.
“Não se pode admitir que os trabalhadores tenham de continuar trabalhando nessas condições e, ainda serem responsabilizados para buscarem soluções caseiras ou financeiras para a falta de água, custeando do próprio orçamento já sacrificado pelos cortes feitos pela administração”, observa a sindicalista, que pediu a adoção de medidas imediatas para a regularização do fornecimento de água potável para o consumo dos servidores e dos jurisdicionados.
A reportagem de Século Diário teve acesso à cópia de um ofício distribuído no Fórum da Serra. O documento cita que o Tribunal de Justiça está enfrentando problemas com a quebra do contrato com o fornecedor, no último dia 26. O ofício aponta que o fornecimento de água será normalizado no dia 10 e pede a colaboração dos juízes e chefes de Secretaria. O documento não é dirigido aos demais serventuários ou público externo da unidade.
Greve por tempo indeterminado
Na última quarta-feira (2), os servidores do Tribunal de Justiça deliberaram pela manutenção da greve por tempo indeterminado. O movimento paredista completa dois meses neste domingo (6). Para a próxima semana, estão marcadas mobilizações em frente à sede do TJES, a partir de quarta (9), tendo em vista que antes não haverá expediente devido ao feriado do Dia da Justiça, comemorado na terça (8). Uma nova assembleia para discussão e reforma do Estatuto está marcada para a próxima sexta (11), no Centro de Treinamento Dom João Batista, próximo ao Colégio Sacre Couer, na Praia do Canto em Vitória.
A categoria pede o cumprimento da revisão geral anual dos vencimentos – com efeitos retroativos ao mês de maio, data-base da categoria. Apesar da direção do tribunal justificar a falta de orçamento para gastos com pessoal, o sindicato cobra isonomia de tratamento com os togados, que tiveram o reajuste de 14,98% em janeiro deste ano. Além da questão salarial, os servidores também pedem retorno de gratificações, correção de auxílios (saúde e alimentação), bem como melhoria nas condições de trabalho nos fóruns.