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TJES manda liberar valores bloqueados de investigado na Operação Derrama

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) determinou a liberação dos valores bloqueados nas contas do empresário Cláudio Mucio Salazar Pinto Filho, que ao lado do pai é sócio da CMS Consultoria e Serviços Ltda, principal investigada na Operação Derrama. No julgamento realizado em agosto, o colegiado entendeu que não há indícios veementes da participação dele no suposto esquema de fraude na recuperação de créditos tributários em prefeituras capixabas. Os embargos de declaração dessa decisão serão julgados na próxima semana.

No julgamento de mérito, o relator do caso, desembargador Sérgio Bizzotto, considerou que não foi demonstrada a aquisição dolosa ou com culpa grave do valor constante da sua conta-corrente. Ele destacou o fato de Claudio Mucio Filho não ter sido denunciado em nenhuma das ações penais oriundas da operação policial – apesar de figurar em uma ação de improbidade, de natureza cível. “Deve-se determinar o levantamento do valor sequestrado, por constatar que neste ponto há violação do direito líquido e certo do impetrante”, afirmou.

Na ocasião, Bizzotto manteve o indeferimento do pedido de gratuidade da Justiça apresentado pelo empresário – que também é advogado –, já que diante da concessão do pedido inicial, o investigado poderá levantar mais de R$ 90 mil. A defesa da CMS pedia ainda a concessão do beneficio, que também foi negado sob alegação de que a situação da empresa continua ativa junto à Receita Federal e que a documentação juntada aos autos não foi suficiente para comprovar sua hipossuficiência financeira.

A Operação Derrama foi deflagrada em janeiro de 2013, pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc), da Polícia Civil, culminando com a prisão de 31 pessoas, entre eles, dez ex-prefeitos. Outros envolvidos também foram alvos dos mandados de prisão, entre eles, ex-servidores públicos e os donos da consultoria. As investigações foram iniciadas em julho de 2012, motivada por uma auditoria do TCE que revelou irregularidades em contratos da CMS com várias prefeituras capixabas.

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