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Tribunal de Justiça reduz valor do bloqueio de bens do ex-prefeito de Colatina

A desembargadora Eliana Junqueira Munhós Ferreira, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), determinou a redução no valor do bloqueio dos bens do ex-prefeito de Colatina (região noroeste), Leonardo Deptulski, que responde a uma ação de improbidade por irregularidades em obra pública. Na decisão publicada nesta terça-feira (22), a relatora considerou a necessidade de dimensionar a medida ao valor dos acordos questionados pelo Ministério Público e não a somatória dos contratos com uma empresa – reduzindo o bloqueio para R$ 269 mil.

“Conquanto possível e até mesmo recomendável a indisponibilização cautelar de bens [dos réus], presente indícios da prática de atos ímprobos, tal medida não deve ser deferida sem amparo em um mínimo de plausibilidade a propósito da futura condenação, como me parece ter ocorrido na hipótese dos autos”, ponderou Eliana Munhós, deferindo parcialmente o pedido feito pela defesa do ex-prefeito e do ex-secretário municipal de Obras, Carlos João Goldner.

Consta na decisão que a Justiça já obteve o bloqueio de R$ 371 mil nas contas bancários dos denunciados, além da indisponibilização de dez veículos em nome dos acusados – além de Deptulski, outras cinco pessoas aparecem na ação. O MPES denunciou a suposta prática de irregularidades na contratação das obras de drenagem na estrada de acesso ao depósito sanitário municipal. O Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO) teria constatado que o endereço dado como sede social jamais abrigou a empresa.

Na liminar prolatada em maio, o juiz da Vara da Fazenda Pública de Colatina, Menandro Taufner Gomes, apontou a existência de fortes indícios de fraude nas licitações realizadas, entre eles, a restrição à competitividade para fins de atender interesses particulares e, ainda, o fato da vencedora do processo ser empresa de existência duvidosa. Naquela ocasião, o togado levou em conta todos os contratos administrativos que a empresa teria realizado com a prefeitura, chegando ao montante de R$ 3,97 milhões.

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