Na decisão assinada no último dia 30, o desembargador afirma que as novas testemunhas poderão contribuir para o melhor esclarecimento dos fatos. O juiz é investigado pela Corregedoria de Justiça pela suspeita de desenvolver uma compulsão por compras, contraindo muitas dívidas e de ter tomado empréstimos com partes em processo que atuava. Além disso, o juiz Juracy da Silva é acusado de ter um relacionamento próximo de autoridades públicas nos municípios em Pinheiros.
As novas oitivas serão realizadas no Fórum de São Mateus nessa quarta-feira (6), onde será ouvido o delegado Paulo Roberto Amaral, que era lotado em Pinheiros na época dos fatos; e no Fórum de Pinheiros na próxima quinta-feira (7), ocasião em que será colhido o depoimento do servidor Almir Carlos Silvestre, que era assessor de Juracy de Silva na ocasião. Eles serão ouvidos pelos juízes corregedores Gustavo Marçal da Silva e Silva e Marcelo Soares Cunha, além do relator do caso.
Paralelamente ao PAD, o TJES também instaurou um incidente de insanidade mental, solicitado pela defesa do juiz, que pretende a declaração da incapacidade mental do juiz na época dos fatos investigados, entre 2008 e 2010. Por duas vezes, o tribunal decidiu pela aposentadoria compulsória, mas o processo administrativo acabou sendo alvo de nulidades, que postergaram o julgamento. O juiz afastado faz parte dos quadros de magistrados do Judiciário capixaba desde o ano de 2004.