Leo do IAPI foi denunciado pelo MPE também por falsidade ideológica
O vereador de Cariacica Leo Alexandre Coutinho de Almeida, o Leo do IAPI (Podemos), vai depor nesta sexta-feira (8) no processo em que é denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por falsidade ideológica e corrupção eleitoral. A oitiva estava marcada para 22 de agosto, mas foi adiada porque o Cartório deixou de intimá-lo e também as testemunhas, segundo despacho do juiz eleitoral Eneas José Ferreira Miranda.
Leo do IAPI foi denunciado ainda por perseguir a servidora Patrícia de Almeida Dias, uma das principais testemunhas do processo sobre os atos praticados, que envolvem, também, outros vereadores, inclusive com cassação de mandatos, ocorrida em maio deste ano.
Perderam os mandatos por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), acusados de fraude em cotas de gênero de seus partidos nas eleições de 2020, os vereadores Juarez do Salão (PMN), Juquinha (PMN), César Lucas (PV), Marcelo Zonta (Cidadania) e Mário Durval (Cidadania). No mesmo julgamento, o vereador Léo do IAPI (PDT) foi absolvido.
Com exceção de Juarez do Salão, todos os outros implicados entraram com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se elegeram vereador e poderão retornar à Câmara em 2025 e permanecer nos cargos até a decisão final, que pode resultar na suspensão dos direitos políticos e na consequente perda dos mandatos.
“Intimem-se o MPE para fornecer o novo endereço das testemunhas Patrícia de Almeida Dias, Claudete Moreira da Costa e Sander Cosmo Ruela, ou para requerer o que entender de direito, no prazo de 10 dias, sob pena de preclusão da prova”, diz o texto do documento assinado pelo juiz Eneas José Ferreira Miranda.
O processo que envolve Leo do IAPI, reeleito com 2,6 mil votos nas eleições deste ano, aponta um suposto crime praticado na campanha eleitoral de 2018, pelo oferecimento de vantagens a eleitores para obtenção de consultas e exames no Posto de Saúde do bairro Alto Laje, em troca de votos. Além disso, o vereador teria inserido informações falsas em documento público para possibilitar a realização de exames médicos em potenciais eleitores.
Em 2016, ele teve o mandato cassado pelo juiz eleitoral Izaias Eduardo da Silva, titular da 34ª Zona Eleitoral, por denúncia de troca de votos por atendimento em unidade de saúde pública. Entrou com recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) e recuperou o mandato.