As eleições para escolher os novos presidentes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea/ES) e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e dos diretores geral e administrativo da Mútua-Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea transcorreram “em clima de absoluta normalidade”, conforme disse na noite desta sexta-feira (15), o coordenador da Comissão Eleitoral Regional, João Bosco Anício.
Sete candidatos disputaram a presidência do Crea/ES, numa campanha de ânimos acirrados, devido às acusações de abuso de poder feitas contra o atual presidente da entidade, Helder Carnielli, por supostamente favorecer o candidato de sua preferência, Geraldo Ferregueti, cuja candidatura, impugnada pelo Conselho Federal Eleitoral, permanece até agora sub judice, depois que ele obteve uma liminar parcial na Justiça Federal para continuar na disputa.
O clima de desconfiança gerado pelo embate entre Carnielli e os candidatos que lhe fazem oposição levou o Confea a enviar três fiscais ao Espírito Santo para acompanhar a votação e a apuração de 31 urnas. No entanto, João Bosco considerou a presença deles rotineira. “Eles vieram dar uma ajuda, um suporte, à Comissão Eleitoral”, explicou.
Ainda segundo João Bosco, a apuração começou em cada uma das 26 seções eleitorais, espalhadas por 19 municipios, logo após o encerramento da votação, às 19hs, e o resultado deverá ser conhecido na manhã deste sábado (16). Fiscais de cada candidato acompanharão a apuração.
A divulgação do nome do vencedor, prevista inicialmente para esta sexta-feira à noite, foi postergada por causa dos votos em urnas separadas (na verdade, 26 eleitores, sobre os quais havia dúvidas relativas ao pagamento de suas anuidades), que devem ser abertas em Vitória. O transporte delas até a Capital ensejou o adiamento.
Com um colégio eleitoral de 45.500 votantes, o Crea/ES tem a expectativa de que não mais de 10% desse total compareceu às urnas, o que já é um recorde, considerando que em eleições anteriores esse percentual sempre girou em torno de 8%. A explicação para o interesse maior dos eleitores agora relaciona-se não só ao maior número de candidatos – também um recorde – como à guerra de acusações contra Carnielli e Ferregueti.
Além de Ferregueti, três outros candidatos estão nas apostas para conquistar a presidência do Crea: Jorge Luiz e Silva e Sebastião Silveira, veteranos de eleições do Conselho, e Lúcia Vilarinho, apoiada por dois cabos eleitorais importantes, os ex-presidentes do Crea-ES, Sílvio Ramos e Paulo Buback. Também concorreram ao cargo Fred Rosalem, Marcos Motta e Radegaz Nasser Júnior.
Disputaram a presidência do Confea: Murilo Pinheiro, Jobson Andrade, Joel Kruger, José Ribeiro e Urubatan Barros. A direção geral da Mútua/ES foi disputada por Douglas Lyra, Leila Issa Vilaça e José Luiz Miotto. Para o cargo de diretor administrativo da mesma Mútua, foram candidatos Portugal Sampaio Salles e Édson Wilson.