MPES afirmou não ter sido notificado para audiência que deveria ter sido realizada nessa terça-feira
Foi remarcada para o dia 29 de junho, a audiência de conciliação entre a gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e as famílias da ocupação Chico Prego. A audiência aconteceria nessa terça-feira (30), na Vara da Fazenda Pública de Vitória, mas diante da ausência do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que afirma não ter sido notificado, teve que ser adiada. As famílias se encontram em uma ocupação no prédio da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) São Vicente, no Centro.
Com o ocorrido, fica mais distante a possibilidade de se colocar fim, de maneira imediata, ao impasse entre as partes, já que as famílias reivindicam moradia efetiva, mas a prefeitura se nega. Assim, possivelmente, há pela frente pelo menos mais um mês sem que haja solução para o problema.
Antes de conseguirem o aluguel social de seis meses, as famílias ficaram acampadas durante 120 dias na porta da sede do poder municipal no ano passado. Elas tinham vindo de uma ocupação na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Irmã Jacinta Soares de Souza Lima, no Morro do Romão. Começaram o acampamento determinadas a finalizar somente após serem recebidas por Lorenzo Pazolini e com garantias de que seriam encaminhadas para um abrigo, conforme decisão do juiz Mario da Silva Nunes Neto.
Em maio, porém, o magistrado acatou o pedido da prefeitura de não cumprimento das condicionantes para a reintegração de posse impostas, já que as famílias haviam saído da ocupação na escola, segundo entendimento do juiz, de forma voluntária. As condicionantes determinavam que as pessoas fossem encaminhadas para um local digno com os seus pertences, por um período mínimo de seis meses. O advogado constituído pelos ocupantes, Thor Lima Braga, informou, na ocasião, que a Justiça concluiu que, com a saída das famílias da ocupação em 28 de abril, a ação perdeu o objeto, não havendo motivo para seu prosseguimento.