Ex-senador acusou falsamente, em evento evangélico, o ministro Luís Roberto Barroso de “bater em mulher”
O ex-senador Magno Malta (PL), candidato ao mesmo cargo nas eleições deste ano, pode se tornar réu por calúnia, caso seja confirmado o voto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em processo decorrente de uma acusação apresentada pela defesa do ministro Luís Roberto Barroso. O caso é analisado pelo plenário virtual do STF e deve ser concluído até o próximo dia 23.
Em junho, Malta afirmou que o ministro Barroso “batia em mulher” e era alvo de processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por conta de crimes previstos na Lei Maria da Penha. A declaração, depois confirmada como falsa, foi proferida em um evento público ligado a movimentos evangélicos.
O voto de Moraes é nesse sentido, o que obriga o político a responder judicialmente pelas declarações. O ministro Edson Fachin acompanhou o relator. O placar até o momento é de 2 a 0 pela aceitação da queixa-crime.
O ministro também disse que a liberdade de expressão não é “liberdade de propagação de discursos mentirosos, agressivos, de ódio e preconceituosos”.
‘Repito tudo’
O ex-senador Magno Malta afirmou, ao Século Diário: “Nada novo para mim, principalmente vindo do ministro Alexandre de Moraes. Eu repito tudo de novo e sigo com minha verdade”.
Ele prosseguiu, reforçando declarações anteriores à imprensa. “Em 2013, quando o ministro Luís Roberto Barroso foi sabatinado no Senado Federal, era um militante de esquerda e jovem advogado de criminosos. E eu participei da sabatina e votei contra citando que ele tinha dois processos na Lei Maria da Penha. Eu disse e continuo dizendo também que ministro Barroso tinha sido absolvido. A intenção é me puxar para o inquérito das Fakes News, pois qualquer julgamento contra minha pessoa tem que ser na primeira instância, não tenho fórum privilegiado, sou um cidadão. É um processo intimidatório que não me intimida”, apontou.
Magno’s show
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