Advogado diz que defende uma Ordem mais “moderna, relevante e verdadeiramente representativa”
Uma baixa é registrada no racha do grupo político formado por ex-aliados do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado (OAB-ES), José Carlos Rizk Filho, que se tornaram seus opositores. Nesta segunda-feira (6), o pré-candidato Marcus Felipe Botelho Pereira anunciou a desistência de concorrer à eleição, reduzindo para três os adversários da atual direção da entidade.
Marcus foi um dos fundados do “Grupo de Vila Velha” e indicou o atual presidente da subseção, José Antônio Neffa Junior, que também é candidato. Sem detalhar os motivos para sua decisão, ele afirma, em nota divulgada em suas redes sociais que, “infelizmente, questões pessoais me obrigam a adiar esse sonho e não serei candidato à presidência da OAB-ES em 2024. É uma decisão que me entristece, mas que não é um fim, apenas uma pausa”.
Nos bastidores, a notícia que corre é que a decisão se relaciona com a eleição para os 12 nomes dos quais será escolhida a lista sêxtupla para indicação do futuro desembargador do Tribunal de Justiça (TJES), em substituição a Annibal Resende Lima, aposentado compulsoriamente aos 75 anos, conforme Século Diário informou nessa sexta-feira (3). E também porque teriam desembarcaram de seu grupo nomes influentes na classe, que estariam apoiando a candidata Erica Neves e Rikz Filho.
“Os últimos meses foram, ao mesmo tempo, desafiadores e motivadores. Sempre tive o sonho e discutir a nossa OAB, de repensar seu modo de agir, construir novos caminhos e buscar alternativas para que a Ordem seja cada vez mais próxima, moderna, relevante e verdadeiramente representativa dos advogados e advogadas capixabas”, diz a nota.
O texto não aponta caminhos: “Conversei com muita gente, de todas as idades, atuantes nas mais diversas áreas do Direito e com ideologias e visões de mundo diferentes, mas em quase 100% desses encontros, saí com algo positivo: um aprendizado, uma nova ideia, uma amizade, enfim, coisas que não têm preço e que transbordam valor”.
Depois de revelar que “nessa caminhada, pude viver encontros marcantes e diálogos riquíssimos que trouxeram a certa de que sou mais querido do que imaginava e que o meu sonho é também o de muitas pessoas”, o advogado agradece “humilde e imensamente o trabalho de cada um que esteve ao meu lado. Um grupo que compreendeu nossa visão, acreditou no projeto e dedicou tempo e esforço para construir as bases desse trabalho”.
A nota conclui: “Levo comigo a certeza de que os horizontes seguem abertos, assim como os braços de quem acredita que podemos ser muito mais com uma gestão mais eficiente e responsável da nossa Ordem. Sigamos erguendo pontes e buscando o melhor. Contem comigo sempre”.
Marcus já foi conselheiro estadual e diretor de comissões da OAB-ES e também secretário-geral da Ordem. Foi ainda conselheiro federal e juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pela classe dos juristas. É mestre em Direito e também já atuou como professor universitário.