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Segurança Pública se prepara para limpar áreas controladas por bolsonaristas

Entre os itens a serem retirados do novo acampamento na Prainha, estão faixas, barracas e banheiros químicos

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou nesta segunda-feira (9) “que todas as determinações judiciais serão cumpridas pelas forças de segurança do Espírito Santo”. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) ordenou, em documento assinado neste mesmo dia, a retirada de todos os itens que caracterizam o acampamento de manifestantes radicais bolsonaristas na Prainha, em Vila Velha.

A decisão é decorrente de determinação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e chega no dia seguinte à invasão e destruição de prédios públicos dos três poderes da República, por grupos de terroristas bolsonaristas, neste domingo (8), em Brasília. O ataque contou com a participação de caravanas de vários estados, incluindo o Espírito Santo.

O ministro determinou a desocupação, em todo o território nacional, de vias públicas e prédios públicos estaduais e federais, bem como das residências oficiais dos agentes políticos da União para evitar a ocorrência de novos delitos. Haverá também apreensão e bloqueio de todos os ônibus, identificados pela Polícia Federal, que levaram os terroristas para o Distrito Federal.

O MPES pediu a notificação das autoridades estaduais e das corporações de segurança, bem como do prefeito de Vila Velha, para que tomem conhecimento imediato da decisão e tomem providências. Foi requisitado, também, diligências para a identificação de quem esteve presente no local ao longo dos últimos dias, inclusive por meio de placas de veículos que no local constam. Entre os itens descritos a serem retirados, estão faixas, barracas e banheiros químicos nas intermediações do 38º Batalhão da Infantaria.

O documento também cita as recentes notícias de prejuízos públicos e práticas criminosas cometidas por grupos antidemocráticos, somadas ao atual estágio do desenvolvimento e organização destes grupos. 

A decisão de Moraes ocorreu depois dos ataques de extremistas às sedes dos três Poderes em Brasília, sem que houvesse uma imediata repressão das forças de segurança pública do Distrito Federal. Ao contrário, o ministro registra na decisão cenas de conivência. Moraes afirma que “diversos e fortíssimos indícios apontam graves falhas na atuação dos órgãos de segurança pública do Distrito Federal, pelos quais é o responsável direto o governador”.

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