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Aterro em alagados do Vale Encantado preocupa entidades ambientalistas de Vila Velha

Os Alagados do Vale Encantado – na bacia de inundação do Rio Jucu, nos arredores dos bairros Vale Encantado, Araçás e Pontal das Garças – em Vila Velha, são alvo de mais um projeto com alto potencial de impacto ambiental.

Desta vez, segundo publicado no Diário Oficial, a Orange Agropecuária solicitou autorização para fazer um aterro, justamente numa das regiões que mais sofrem com as inundações periódicas que afetam o município.

As entidades reunidas no Fórum Popular em Defesa de Vila Velha buscam mais informações na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, para tentar inviabilizar a concessão de licença para a obra.  

Izanildo Sabino, do Fórum, lembra que durante a enchente de 2013, mesmo após doze dias da estiagem, o local, próximo à Rodovia Leste-Oeste, permaneceu alagado, tendo de ser feita a desobstrução de parte de um dos aterros da região para escoar a água. “Agora querem mexer na região de novo?”, questiona.

A própria Rodovia, destaca Izanildo, foi um grande impacto, pois foi licenciada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) sem Estudo nem Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), e “passou sobre os rios Formate e Marinho e pela bacia de inundação do Rio Jucu”. “Tinha muitas nascentes ali, inclusive nascentes da Lagoa Encantada”, denuncia o militante.

A região também já foi especulada para a construção de um condomínio, o Orange Park, mas o projeto não foi aprovado pelo Conselho Municipal de Defesa Meio Ambiente (Commam). “Precisa ser feito um estudo de solo antes de qualquer ocupação”, alerta.

Em paralelo às diversas tentativas de descaracterização ambiental da região, o Fórum Popular trabalha para transformá-la em unidade de conservação estadual (UC), por meio de sua incorporação à atual Reserva Ecológica de Jacarenema. A proposta está sendo encaminhada ao Plano Regional de Desenvolvimento Metropolitano.  “A região tem alta biodiversidade, com muitas espécies catalogadas. Precisa compor um corredor ecológico”, argumenta o ambientalista.

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