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‘Bloco dos voluntários’ faz mutirão de Carnaval no Parque Nacional do Caparaó

Fotos: Cecilia Nakao

Senso de pertencimento na prática. No Caparaó Capixaba, uma comunidade que abraça seu parque nacional mostra que, nos momentos mais difíceis, são os moradores e empreendedores do entorno que arregaçam as mangas e financiam as mudanças possíveis. 

Sem orçamento federal por parte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ministério do Meio Ambiente (MMA), vários comércios de Pedra Menina e arredores e os mais diversos Amigos do Parque Caparaó, como eles passaram a se chamar, têm se unido para tirar pedras e troncos caídos após as enchentes de janeiro, para recuperar os bloquetes que foram parar no rio e reformar a estrada da portaria capixaba do Parna. Tudo com total apoio e coordenação da equipe local do Parna. “A equipe daqui tem se desdobrado para apoiar nosso trabalho”, observa Cecilia Nakao, uma das integrantes do Amigos do Parque.

Neste sábado de carnaval, a turma pegará no pesado de novo. “É o bloco dos voluntários”, brinca Cecilia, reproduzindo a brincadeira feita para animar ainda mais os voluntários. 

A intenção é manter os mutirões semanais aos sábados, até que essa parte do trabalho seja concluída. “Temos recebido muitas doações de materiais de construção e outras lojas da região”, conta. 

O grupo inicial conta com dez pessoas e continua aberto para novos integrantes, que podem fazer inscrição pelo e-mail do Circuito Caparaó Capixaba: [email protected]. Os participantes assinam termo de responsabilidade com o ICMBio, recebendo instruções técnicas e material de trabalho. 

Muito mais do que o Pico

O Circuito é formado por cerca de trinta empreendimentos turísticos do entorno direto e indireto do Parque no lado do Espírito Santo, nos municípios de Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço, Ibitirama e Guaçuí. 

Por enquanto, a portaria de Pedra Menina continua fechada, mas será reaberta à visitação assim que o primeiro quilômetro da estrada esteja transitável com segurança ao menos para pedestres. Já o acesso capixaba ao Pico da Bandeira ainda está sem data para reabrir, visto que até o último acampamento, da Casa Queimada, as obras exigem máquinas pesadas, que somente o governo federal, a princípio, pode custear. 

Em paralelo, o Circuito Caparaó Capixaba intensificará sua campanha permanente de divulgação dos inúmeros atrativos turísticos do Parque e do entorno capixaba do Parque, com diversas cachoeiras, mirantes, propriedades rurais e trilhas no coração da Mata Atlântica. 

“O Caparaó é muito mais do que o Pico da Bandeira. O turismo em unidade de conservação pode ser muito melhor aproveitado aqui e é o que estamos construindo aqui “, testemunha Cecilia. 

 

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