Além do famigerado pó preto, também serão abordados os gases e outros poluentes vindos das empresas da Ponta de Tubarão, Vale e ArcelorMittal. Sobre os impactos desses materiais na saúde humana, a médica pneumologista Ana Maria Casati fará uma palestra.
O evento ainda discutirá as Licenças de Operação (LOs) concedidas às duas empresas, abordando a necessidade de impor condicionantes ambientais no processo de renovação das LOs, em substituição aos Termos de Compromisso Ambiental (TCAs) hoje em vigor, visto que os mesmos não são cumpridos e não geram qualquer impeditivo para o funcionamento – irregular – das poluidoras.
“A última Licença de Operação, liberada em 2002 pelo governo de Estado, através do Iema [Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos], não contou com a participação da Serra. Isso não pode continuar. A Serra, assim como demais municípios da Região Metropolitana, sofre com as emissões de poluentes. Não somos contrários a nenhuma empresa, até por elas terem importante papel na economia local, mas não podemos abrir mão de participar e cobrar o cumprimento de condicionantes favoráveis a população. Em 2007 foi feito um Termo de Compromisso, para o qual a cidade não foi chamada”, explica o vereador.
Ambientalistas e outros representantes da sociedade civil organizada serrana já confirmaram presença, além da ArcelorMittal Tubarão. A Vale e o governo do Estado, porém, segundo informações que chegaram ao gabinete do vereador, não irão participar. “É um disparate! A Vale é uma das maiores poluidoras e o Iema é quem licencia as operações das empresas. A atual diretora, Andrea Carvalho, inclusive, foi secretária de meio ambiente da Serra!”, protestou Fábio Duarte.