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Carcaça de baleia é removida da Praia de Camburi

A operação montada pela Prefeitura de Vitória na Praia de Camburi para remover a carcaça de baleia Jubarte da Praia de Camburi, em Vitória, chegou ao fim às 17 horas desta segunda-feira (6). O corpo do animal foi transferido para um caminhão, que o encaminhará a um aterro sanitário em Cariacica. A operação foi considerada um sucesso pelo subsecretário de Meio Ambiente de Vitória, Paulo Barbosa.

O processo de retirada da carcaça começou por volta das 15h30. A carcaça, encontrada logo nas primeiras horas da manhã desse domingo (5), era de um macho de baleia Jubarte, e já apareceu na praia inchada e em estado de decomposição. O animal tinha entre 8 e 10 toneladas, 12 metros de comprimento e era um subadulto de cinco anos de idade.

De acordo com Lupércio Araújo, do Instituto Orca, havia risco de explosão no domingo, mas o subsecretário eliminou essa possibilidade nesta segunda-feira.

 
A operação da retirada do corpo da baleia consistiu em arrastá-lo até a areia com a ajuda de um trator, para que então fosse içada por um guindaste especial e colocada no caminhão. Ainda de acordo com Paulo, a areia que entrou em contato com o animal foi removida para evitar que haja riscos de contaminação aos banhistas.
 
Não foi preciso uma intervenção drástica no trânsito na avenida Dante Michelini, o que aconteceu apenas no momento em que o animal foi colocado no caminhão.
 

O animal apresentava uma marca na nadadeira direita, aparentemente de uma mordida, e várias cicatrizes ao longo do corpo, além de vários outros animais agarrados em sua superfície, sobretudo na lombar. De acordo com oceanógrafos presentes no local, era provável que a baleia já estivesse bastante doente antes de vir a óbito. Não se sabe as causas da morte do animal, para isso seria necessária uma necrópsia, que não poderia ser realizada na praia, bastante frequentada por banhistas.

 
Como informou Lupércio, nos casos em que apenas a carcaça do animal morto aparece na praia, o ideal é que este seja enterrado. Entretanto, não há a possibilidade da realização de um trabalho como este em praias urbanas, como é o caso de Camburi, sobretudo por conta do risco de contaminação.

O ambientalista também atentou para a grande quantidade de um animal conhecido como piolho de baleia na superfície da carcaça, o que pode indicar que o animal já vinha apresentando baixa imunidade. Nesse domingo, a estimativa era de que o animal já estivesse morto há dois dias.

 
Ainda de acordo com Lupércio, a ocorrência de animais nessas condições em Camburi é rara, tendo o último registro de Jubarte no local sido em 1987. A aparição de baleias na praia é dificultada pela geografia da enseada, que é muito fechada. Entretanto, como lembra o representante do Orca, outubro é um mês crítico para o desencalhe de baleias, já que é final de temporada e a maioria dos animais já está muito cansada. No mesmo dia, uma outra Jubarte havia aparecido morta em Linhares, no norte do Estado.

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