Juliana Lisboa afirma que a ideia é que as pessoas possam reciclar plástico em casa e replicar o que aprenderam na oficina
Sacolas e tampinhas de garrafa pet podem se transformar em novos objetos, evitando o aumento do descarte de plástico no meio ambiente. Mas como aprender a fazer em casa esses utensílios? A oficina “O que fazer com o plástico?” irá responder a essa pergunta. A atividade, que é gratuita, está com inscrições abertas até esta segunda-feira (18), e acontecerá em 19 de agosto, das 16h às 19h, durante o Festival Movimento Cidade (Festival MC), no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, em Vitória.
Os interessados podem se inscrever aqui. O público-alvo é de moradores da Grande Vitória a partir de 18 anos. A oficina será realizada na Fantástica Carpintaria, uma ocupação do Laboratório de Reciclagem de Plástico, desenvolvido pelo Cidade Quintal, que coloca em prática projetos de urbanismo participativo voltados para o fortalecimento das comunidades. A Fantástica Carpintaria acontecerá de 17 a 21 de agosto, das 15h às 19h, aberta para visitação para quem quiser conhecer como funciona o laboratório.
A designer destaca que é importante que educadores, pais e mães participem da oficina, pois são pessoas com potencial para replicar em outros espaços o que foi ensinado na atividade.
Foi através do Laboratório de Reciclagem de Plástico que foi construído um banco feito com tampinhas de garrafa pet, instalado no mirante que fica no ponto final da Rota de Turismo de São Benedito, no Território do Bem, criada pelo Ateliê de Ideias.
As tampinhas para a produção do banco no mirante, de onde se pode apreciar uma vista da Grande Vitória, foram depositadas em pontos de coleta espalhados pelo bairro. No laboratório, foi feita modelagem e derretimento do plástico, para transformar nas ripas para fazer o banco. A reciclagem do plástico, segundo Juliana, é uma emergência global, que se fortaleceu durante a pandemia da Covid-19, pois intensificou-se o debate sobre necessidade de preservação ambiental para a qualidade de vida da humanidade.
“O problema do plástico não é da ilha de Vitória, não é de São Benedito, é mundial”, afirma, destacando que o Cidade Quintal está em processo de adesão a novos projetos nos quais a reciclagem de plástico também terá seu lugar.
O laboratório conta com equipamentos como forno, para derreter o plástico; objetos de marcenaria; e de ateliê, como pincéis. A própria equipe do Cidade Quintal, formada por profissionais das áreas de design, artes, arquitetura e comunicação, fazem o processo de reciclagem. Para isso, conheceram experiências de outros laboratórios, como os situados em Santa Catarina, no Sul do País, e Pernambuco, no Nordeste.