Meliponicultores comemoram, mas alertam: somente a aplicação noturna do inseticida evita de fato mortes das abelhas
A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa aprovou, nesta segunda-feira (2), o Projeto de Lei nº 237/2019, que proíbe o uso de inseticidas à base de neonicotinóides nos serviços de carro fumacê nos centros urbanos, substância considerada a mais letal para abelhas e outros insetos e pequenos animais polinizadores.
A matéria é de autoria Gandini (Cidadania), que justifica a necessidade de acompanhar diversos países que já baniram a substância, como forma de proteger esses animais e o serviço de manutenção da biodiversidade que eles promovem.
A lei já existe na capital Vitória desde 2018 e os criadores de abelhas sem ferrão comemoram a tentativa de avançar na medida em âmbito estadual, porém ressalvam que apenas a proibição do inseticida mais letal não garante a segurança das abelhas, pois os demais produtos utilizados nos fumacês também matam os insetos e muitos outros polinizadores.
Nesse sentido, tem sido negociado com os municípios um regramento mais eficiente de proteção: ou a aplicação exclusivamente noturna do fumacê ou a comunicação prévia e assertiva sobre os horários e rotas de aplicação, caso seja impossível evitar a aplicação diurna.