O Ato Político de Abertura terá uma Plenária com participação de dirigentes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Espírito Santo (Sindaema), do Sindicato dos Trabalhadores em Energia (Sinergia) e do próprio MAB.
Na sexta (15), a atividade diurna de formação política se encerra com o lançamento do documentário Arpilleras – bordando a resistência, 19h, no Cine Metrópolis.
E, no último dia, acontece o Congresso Estadual do Povo, voltado à formação política nas bases, reunindo participantes do Congresso do Povo da Grande Vitória. “O Congresso Nacional do Povo deve acontecer somente em 2019, após as eleições. Até lá, precisamos manter a mobilização em nível estadual”, contextualiza Heider José Boza, da coordenação capixaba do MAB.
João Antonio de Moraes, diretor da FUP que participará da Plenária de abertura, destaca que os problemas que a população tem vivido em relação aos combustíveis, energia elétrica e povos atingidos por barragens, estão relacionados à privatização dos bens públicos por empresas, a maioria, estrangeiras.
Aparentemente antagônicos, os interesses defendidos por petroleiros e populações atingidas por barragens, na verdade, se unem em uma única causa. “Está todo mundo num barco só. A apropriação privada e estrangeira traz todos esses problemas”, diz. “A busca incessante do lucro fácil por parte desses conglomerados internacionais conduz a isso”, denuncia.
A ideia de unir, no encontro, a discussão sobre combustíveis, energia e tarifas abusivas de água e energia, surgiu durante o movimento grevista dos caminhoneiros e petroleiros, e se mantém oportuna e estratégica.
“A experiência que nós temos na plataforma operaria é muito importante, porque os diversos públicos se juntam e se mobilizam em torno do debate e percebem como estão no mesmo barco”, conta José Antonio de Moraes, referindo-se à troca de conhecimentos e experiências que se pretende promover no Ato Político do MAB, e citando conquistas recentes da categoria, como a mudança do modelo de gestão e controle do pré-sal e da distribuição dos royalties, também para a saúde e a educação. Além da greve dos petroleiros, que resultou na renúncia dos conselheiros da Petrobras ligados à Shell, indicados por Michel Temer, bem como no pedido de demissão do então presidente da estatal, Pedro Parente.