O ENA acontece em Belo Horizonte/MG, de 31 de maio a 3 de junho de 2018, e reunirá dois mil representantes da Agroecologia brasileira, incluindo 90 vagas destinadas à delegação capixaba, sob o lema 'Agroecologia e Democracia: unindo campo e cidade',
A meta de arrecadação é R$ 100 mil para complementar a infraestrutura, logística e comunicação do encontro para todos os participantes. Para se ter uma ideia, esse valor é equivalente aos custos com transporte, alimentação e hospedagem de 500 agricultores durante o encontro, em média. Cada R$ 200, portanto, equivalem ao valor médio de despesas com a participação de um agricultor ou agricultora.
Os recursos captados serão investidos na viabilização de um encontro de qualidade para os participantes, sendo 70% de agricultores familiares, camponesas e camponeses, povos indígenas, comunidades quilombolas, pescadores, outros povos e comunidades tradicionais, assentados da Reforma Agrária e coletivos da agricultura urbana; 50% de mulheres e 30% de jovens diretamente envolvidas na construção da agroecologia.
Várias causas num só momento
A coordenação da campanha é da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que reúne movimentos, redes e organizações engajadas em experiências concretas de promoção da agroecologia, de fortalecimento da produção familiar e de construção de alternativas sustentáveis de desenvolvimento rural.
O evento, por sua vez, é resultado da mobilização permanente de centenas de organizações e milhares de agricultores ecológicos do Brasil. Este ano, as comissões organizadoras nacional e estadual são compostas de 61 organizações de vários estados brasileiros, entre elas, a Articulação Capixaba de Agroecologia (ACA).
No site da campanha, as organizações chamam atenção para a importância do Encontro Nacional, que ocorre desde 2002, e é fundamental para fortalecer a agroecologia no Brasil e, consequentemente, a alimentação saudável, a preservação ambiental, o protagonismo feminino, a difusão de boas práticas agrícolas, o controle do desmatamento e das mudanças climáticas, a proteção dos povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais.
“O Encontro Nacional de Agroecologia é o maior evento da agricultura de todas as regiões do Brasil, representando a diversidade do campo e da cidade nos diversos biomas. O evento é realizado de forma independente e é fundamental para a difusão de boas práticas agrícolas, políticas éticas de consumo e produção de alimentos e fibras, em harmonia com a natureza”, ressaltam os coletivos.
Capixabas levam produtos e o êxito das feiras
A cachaça crioula, o café do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o relato sobre as feiras agroecológicas estão entre os destaques do catálogo de produtos e experiências exitosas que serão apresentados pela delegação capixaba no ENA.
Os produtos, amparados legalmente, têm alavancado a produção agroecológica no Estado. E as feiras, que no Estado experimentam uma expansão e enraizamento singular no território brasileiro, mostram a importância do contato direto entre o produtor e o consumidor e o poder dessa aproximação entre o campo e a cidade.
A construção da participação estadual no evento, a pleno curso, envolve as mais diversas organizações, coletivos e instituições afins, desde associações de produtores, passando por movimentos sociais, institutos de ensino e pesquisa e entidades de classe.
Nesse processo, almeja-se também avançar com o projeto de lei que cria uma Política Estadual de Agroecologia, cuja redação está em elaboração, e numa maior integração entre o norte e o sul do Espírito Santo, intensificando as trocas de experiências entre duas regiões com realidades tão distintas e tão complementares.
Conheça as recompensas e contribua no endereço da Campanha
Saiba mais sobre o Encontro lendo a Carta Convocatória do IV ENA.