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Espírito Santo tem 36 assassinatos no campo e Rio de Janeiro , 16; só três executores e um mandante foram condenados

O Espírito Santo não foge a regra nacional quando a questão é a violência no meio rural. Nas últimas três décadas,  a violência no campo matou 36  capixabas. No  Rio de Janeiro, 16. Nos dois estados, só três executores e um mandante condenados. Os dados são da Comissão Pastoral da Terra (CPT). 
 
A CPT analisa em os  últimos 30 anos de violência no campo do Brasil.  No período, de 1.714 assassinatos em conflitos de terra,  menos de 10%  foram a julgamento. Nos últimos dez anos,  dos 1.270 casos de homicídio registrados, apenas  108  foram julgados. 
 
Posseiros, quilombolas, índios,  pescadores, agricultores, ribeirinhos, sem-terra, lideranças religiosas são as vítimas no país. Os conflitos foram registrados nos 26 Estados do Brasil.  A CPT é da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e faz registros dos conflitos no país desde que desde 1985. Os conflitos são por terra, trabalhistas e por água.
 
Faltam segurança pública e  ações do Judiciário para números tão elevados de mortes. Complicando, a total ausência de reforma agrária. Sem terra, as famílias de agricultores são vitimadas  nos conflitos com os grandes proprietários rurais. 
 
História 
 
No Espírito Santo são registrados muitos e freqüentes conflitos. Entre tantos, os conflitos pela água, foram registrados em vários municípios. Entre eles, em Linhares e São Mateus (norte do Estado). Brigam as comunidades das praias de Barra Seca e Urussuquara com a Transpetro, subsidiária da Petrobras. 
 
No Estado também há registro de trabalho escravo, como em São Mateus.  Foi na plantação de coco da Fazenda Córrego dos Cavalos. 
 
Há no Espírito Santo, vários conflitos pela terra: na Fazenda Floresta Reserva, do Grupo Simão, em Montanha. Também houve  conflitos na Fazenda Lambari, em Guaçuí (sul do Estado), na fazenda Santa Maria, em Cachoeiro de Itapemirim e Presidente Kennedy (sul do Estado). 
 
Também são registrados conflitos com os quilombolas, como na comunidade de São Domingos, no território do Sapê do Norte, contra a  Aracruz Celulose (Fibria) e  conflitos entre pescadores e a empresa União Ferragens e Montagens na Fazenda Entre Rios, em Linhares.
 
Os índios também foram vítimas. Doze  indígenas foram presos no Espírito Santo, a pedido da Aracruz Celulose (Fibria).

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