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Gilsinho Lopes reenvia questionamento ao Iema sobre redução de poeira da Vale

Diante das respostas insatisfatórias apresentadas pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para os questionamentos sobre a redução nas emissões da mineradora Vale, conforme dados da própria empresa, o deputado Gilsinho Lopes (PR) encaminhou à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) requerimento de informação reiterando os questionamentos. Outro requerimento, também encaminhado desta vez por Gilsinho, solicita à Seama dados de medições de poeira sedimentável e os relatórios anuais de qualidade do ar dos últimos cinco anos.
 
Os questionamentos são de autoria do grupo ambientalista SOS Espírito Santo Ambiental. A novela das supostas reduções começou quando, em seu site institucional e na mídia corporativa, a Vale afirmava que reduziu suas emissões em 33% na Ponta de Tubarão, entre os municípios da Serra e Vitória. De acordo com o grupo, a informação divulgada pela companhia é conflitante com os dados de medição da poeira sedimentável fornecidos pelo Iema.
 
Outros requerimentos sobre o mesmo assunto já haviam sido enviados pelo SOS Ambiental e as respostas foram enviadas à Assembleia somente no final do mês de julho. Em resposta, o agente de Desenvolvimento Ambiental do Iema, Alexsander Barros Silveira, afirmou que o “Inventário de Emissões Atmosféricas da Grande Vitória” não foi capaz de individualizar as contribuições industriais da Ponta de Tubarão, tendo sido realizado pelo Iema “em parceria com uma empresa privada”.
 
De acordo com o SOS Ambiental, o inventário de emissões foi desenvolvido pela Vale. O documento seria o mesmo do ofício de número 26131/2012 que, como pode ser conferido no sistema de consulta online de protocolos do Iema, é de autoria da Vale. O inventário conclui que a emissão total de material particulado da oitava usina, mesmo com maior produção, ainda é menor do que as emissões totais na região.
 
No documento em resposta ao requerimento de informações, o responsável do Iema ainda afirma que os estudos identificaram as mesmas fontes emissoras de material particulado, sendo essas, respectivamente, a ressuspensão de vias, a atividade industrial mínero-siderúrgica e escapamento de veículos. E, depois de muito falar sobre estudos alternativos e não responder diretamente aos questionamentos do grupo,  reitera que o percentual se refere às emissões, informação que em nada acrescenta aos questionamentos. Para o grupo, o Iema “fez divagações e colocações que não foram alvo dos questionamentos contidos no referido requerimento”.

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