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Governo irredutível na extinção do Iema

A negativa do governo Paulo Hartung em dialogar com o movimento contra a extinção do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) continua. Em reunião nessa segunda-feira (6) no Palácio Anchieta, os servidores não receberam dos secretários presentes qualquer possibilidade de abertura de diálogo sobre a reestruturação da autarquia. A atual gestão continua irredutível na intenção de extinguir o Iema e transferir suas funções para duas subsecretarias da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama).

Contraditórios em suas falas sobre os objetivos da extinção – chamada de fusão pelo governo –, os secretários Aladim Cerqueira (Meio Ambiente) e Paulo Roberto (Governo) reafirmaram a capacidade técnica de elaborarem o projeto de lei a ser encaminhado para a Assembleia Legislativa, mesmo sem qualquer diálogo ou participação dos servidores ou da sociedade.

Enquanto a reunião acontecia no Palácio, outros integrantes da comissão do movimento contra a extinção estavam na Assembleia, mobilizando os deputados estaduais para não aprovarem o PL quando o mesmo chegar à Casa e apoiarem a construção de um processo de reestruturação do Iema. Até o momento, segundo o diretor de assuntos jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos), Amarildo Santos, apenas um deputado abordado não manifestou apoio à causa dos servidores.

“Já sabemos os males que essa extinção do Iema vai causar à sociedade”, argumenta o diretor, destacando o momento atual no Espírito Santo, de crise hídrica, do maior desastre socioambiental do País e de destruição do Rio Doce, provocados pela Samarco/Vale-BHP.

Em sua fala na Tribuna Popular da Assembleia, na tarde desta terça-feira (7), Amarildo vai destacar a necessidade de manter a autonomia técnica e financeira e de fortalecer a autarquia, para que ela atinja maior agilidade, especialmente nas atividades de licenciamento e fiscalização, inclusive abrindo o debate com a sociedade capixaba. “É uma causa não só dos servidores, mas de toda a sociedade”, argumenta o diretor jurídico do Sindipúblicos. 

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