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Governos, parlamentares e MST negociam novo local para famílias acampadas

Objetivo é realocar as 200 famílias que estão em um eucaliptal em Aracruz, até seu assentamento definitivo

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Segue em negociação o destino das 200 famílias que ocupam há oito dias um monocultivo de eucaliptos da Suzano em Aracruz, norte do Estado. Em uma nova reunião, com representantes de órgãos de governo estadual e federal, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e parlamentares, marcada para o fim da tarde desta terça-feira (25), será avaliada uma possível área ofertada pelo Estado para realocação das famílias, até que um assentamento definitivo seja providenciado.

A nova área foi vistoriada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) nessa segunda-feira (24), como definido na última quinta-feira (20), e será apresentada ao MST, para avaliação se atende às necessidades das famílias do acampamento, a maioria delas residentes no próprio município de Aracruz.

O compromisso firmado pela gestão de Renato Casagrande (PSB) é de retomar os investimentos em Reforma Agrária, paralisados no Espírito Santo há mais de dez anos, assentando as 200 famílias acampadas em Aracruz em alguma terra patrimonial a ser identificada.

Em paralelo, o governo federal, por meio de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agráriao (MDA), também se comprometeu com a Reforma Agrária. Juntas, as duas esferas do Executivo afirmaram que irão assentar todas as mais de mil famílias acampadas em diversos municípios capixabas, muitas aguardando há uma década por um pedaço de chão para morar e produzir alimentos saudáveis para si e para a cidade, reduzindo o êxodo rural e fortalecendo a segurança alimentar.

A decisão de assentamento das 200 famílias ocorreu horas depois do anúncio de que o despejo seria feito nesta quinta-feira (27), atendendo a uma liminar obtida pela Suzano na Justiça Estadual. Desde a obtenção da liminar, a empresa se retirou das negociações, passando a exigir, segundo o MST, o despejo imediato de todos.

Sobre a reintegração de posse à empresa, o secretário de Estado de Segurança Púbica e Defesa Civil, Coronel Alexandre Ramalho, afirmou o compromisso de “cumprir fielmente o que a Justiça determinar”, garantindo, também, o cumprimento de todos os protocolos legais exigidos em operação como essa.

A ocupação teve início na madrugada da última segunda-feira (17), como parte das atividades da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, realizada desde 1997 pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em memória ao massacre de Eldorado dos Carajas, no Pará.

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