Nos quatro dias do evento (3 a 6 de maio), o Parque da Água Branca, em São Paulo, viu serem comercializadas 420 toneladas de produtos, a preço justo, por 1.215 feirantes assentados e acampados.
O evento teve o objetivo de colocar em evidência a cultura popular e promover o diálogo com a sociedade sobre a necessidade de outro modelo de alimentação, a partir da produção camponesa de alimentos saudáveis.
A caravana capixaba comercializou cerca de 8,5 toneladas, somando as mais de 250 variedades, com destaque para os produtos da Terra de Sabores e o Viveiro de Plantas, além das demais bancas de verduras, frutas, legumes, raízes, cereais e artigo da agroindústria, como o café.
Foram mais de 260 mil pessoas a circularem pela Feira. Além da aquisição dos produtos, o público habitualmente busca também dialogar e interagir com os camponeses. “As feiras da Reforma Agrária confirmam o papel fundamental que os camponeses possuem no desenvolvimento socioeconômico, ambiental e político da nação”, opina Adelso Rocha, da coordenação estadual do MST.
Entusiasmados com o sucesso do evento nacional, os assentados e acampados no Espírito Santo já preparam a realização da III Feira Estadual de Produtos da Reforma Agrária, prevista para setembro de 2018, no Centro de Vitoria.
“Nessa conjuntura de retirada de direitos dos trabalhadores, o MST vem materializado o resultado das lutas, ampliando o apoio da sociedade e a articulação campo-cidade”, ressalta o líder camponês. “As feiras têm transformado parques e praças em territórios da reforma agrária”, ilustra.