Logo após as agressões dos policiais, os Tupinikim fecharam a rodovia Primo Bitti, que liga as aldeias de Caieiras Velha e Irajá. E na manhã desta segunda-feira (6), também a ES-010 foi bloqueada, na altura da aldeia Três Palmeiras, a partir das 5h.
Ao contrário de algumas mensagens que têm sido compartilhadas nas redes sociais, os protestos são pacíficos e visam chamar atenção para o abuso de autoridade cometido pela Polícia Militar contra os indígenas.
Aegundo informou Josiane Francisco, liderança Tupinikim em Pau Brasil, a Comissão de Caciques se reunirá nesta tarde, na sede da Associação Indígena Tupiniquim e Guarani (AITG) em Caieiras, com o procurador da República em Linhares e o procurador da Funai. “A pauta principal é a demissão dos cinco policiais envolvidos diretamente nas agressões”, destaca Josiane.
O ressarcimento pelos cavalos feridos também é reivindicado. Além disso, outros assuntos pendentes com o governo estadual serão discutidos, entre eles, a abertura da Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Aldeia Caieiras Velha. Mesmo inaugurada em dezembro de 2014, a unidade não chegou a funcionar, pois o então recém-empossado governador Paulo Hartung não cumpriu com a parte do Estado na parceria com a prefeitura e as comunidades, ao deixar de contratar os educadores e outros funcionários necessários.
Também nesta manhã os cavalos feridos por armas de fogo foram levados, a pedido da Secretaria de Saúde de Aracruz, para um rancho conveniado, no município da Serra, onde será feita a retirada dos projéteis e a perícia para integrar o processo que os indígenas estão movendo contra a Polícia.