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Integrantes do MST ocupam Superintendência de Educação contra fechamento de escolas

Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras (MST) ocuparam, na manhã desta quinta-feira (4), a Superintendência de Educação de São Mateus (norte do Estado), pedindo providências contra o fechamento e sucateamento de escolas da área rural.

Segundo o coordenador do MST, Edmar Santos Amélio, o governador Paulo Hartung (PMDB) e o secretário de Estado de Educação, Haroldo Correa Rocha, têm um modelo de educação hegemônico, que não observa as particularidades de cada setor.

As escolas do campo adotam o modelo de alternância pedagógica, que intercala um período de convivência na sala de aula com outro no campo, garantindo a permanência dos alunos no meio rural. No entanto, segundo Edmar, o Estado quer suprimir o período de alternância, pagando aos professores apenas a hora-aula.

De acordo com Edmar, a alternância foi implementada em 1992, com duração de 10 anos. Desde 2002, os movimentos do campo tentam renovar essa política com o governo, mas nunca conseguiram. Agora, sem validação, ela pode ser terminada.

Os ocupantes da Superintendência são os mesmos que ocuparam a sede da Secretaria Estadual de Educação (Sedu) em novembro de 2015, cobrando não só a manutenção das escolas como a aprovação das diretrizes da educação no campo.O governo, na ocasião, prometeu que o governo responderia sobre o fechamento das escolas do campo em um mês, mas já se passaram dois sem que nada fosse feito.

Essas reivindicações já haviam sido apresentadas ao secretário de Educação também em uma ocupação realizada na Sedu em fevereiro do ano passado. Haroldo igualmente se comprometeu a atendê-las, o que não aconteceu 

Segundo Edmar, são 25 escolas que adotam o modelo de pedagogia da alternância com bons resultados, funcionando assim como determinam as diretrizes da educação no campo, mas o governo não reconhece esses avanços.

As entidades do campo apontam que houve um retrocesso no setor desde o início do atual mandato e atribuem a responsabilidade ao governador Paulo Hartung, por não priorizar a educação. Com a justificativa de corte de gastos, a atual gestão reduziu a contratação de professores para este ano e tentou extinguir a gerência da educação no campo. A Sedu também faz pressão para fechar as escolas que têm poucos alunos e, em alguns municípios, quer fundir turmas de séries diferentes. 
 
Os ocupantes não devem deixar a Superintendência até que o secretário acene com uma proposta para que não se fechem turmas e escolas no campo.  

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