Comunitárias, institucionais, particulares…hortas formam a maioria das experiências. Mapeamento continua
Florescendo nos espíritos que habitam as cidades, as iniciativas de agroecologia urbana no Espírito Santo tiveram seu primeiro mapeamento colaborativo divulgado esta semana pela Rede Urbana Capixaba de Agroecologia (Ruca), trazendo o resultado do cadastro aberto entre abril e agosto de 2021.
Foram 44 experiências autocadastradas em 17 municípios das quatro macrorregiões do Espírito Santo, sete delas na região metropolitana. Do total, 25 são de hortas, entre comunitárias, institucionais e particulares. Espaços de educação ambiental (20 respostas) e iniciativas de produção de compostagem, adubo ou fertilizante natural (14) também se destacaram.
Na linha do tempo, o primeiro ponto é marcado em 1965, ano de criação da Federação dos Órgãos de Assistência Social e Educacional (Fase), entidade que apoia a Ruca no trabalho, junto a outra entidade, a Misereor, da Igreja Católica Alemã.
Aos saltos, surgem outros pontos até o ano de 2011, com os espaços temporais mais próximos, com uma iniciativa por ano até 2015, quando duas ou três anuais são identificadas, incluindo a Horta Comunitária Quintal na Cidade, na Cidade Alta, no Centro de Vitória, uma das principais referências capixabas no assunto.
Nessa pegada de socialização, a Ruca, por meio de seus outros GTs atuantes, tem promovido e participado de muitos mutirões de hortas e também cursos e oficinas que estimulam os encontros e trocas de experiências entre os hortelãos e outros jardineiros urbanos de almas no Estado. “Fazemos mutirões itinerantes e assim vamos fortalecendo uns aos outros”.
Outra ação estrutural da Rede é a incidência sobre políticas públicas. “Trabalhamos muito nas políticas de incentivo às praticas que a gente está mapeando. O mapeamento é para identificar qual o perfil da agroecologia urbana do Espírito Santo, para buscar mais propostas que atendam às necessidades”.
Essa atuação dá continuidade à grande mobilização feita em 2020, em função das eleições municipais, quando mais de 30 candidatos às prefeituras e câmaras legislativas assinaram a Carta de Compromisso elaborada pela Articulação Nacional de Agroecologia (Ana), e trabalhada, no Espírito Santo, pela Articulação Capixaba de Agroecologia (Aca) e a Ruca.