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Jurong agora tem licença do Iema para explorar o mar

A Jurong não quer explorar o Espírito Santo só com a produção de navios. Também está voltada para os recursos marinhos do litoral capixaba. Não só para produção de peixes, como também para criar algas. Para isso, conta com licença ambiental dada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).
 
No Diário Oficial desta quarta-feira (5), a empresa publicou comunicado informando: “O Estaleiro Jurong Aracruz – EJA torna público que obteve do Iema, através do processo n°66870160, Licença Prévia (LP) para aquicultura/algocultura na localidade de Praia dos Quinze/Barra do Sahy, Município de Aracruz – ES”.

Aquicultura

 
A Jurong não informa os tipos de peixe que irá criar. Entretanto, a aquicultura marinha  é apontada como uma área de elevada rentabilidade. Uma das espécies que já vem criada no mar do Brasil é o beijupirá (Rachycentron canadum). É um peixe que já está sendo criado em cativeiro em alto-mar (costa de Pernambuco) e é de alto valor no mercado internacional.
 
Há sinais de que este tipo de cultura será cada vez mais amplo. Um estudo do Instituto Earth Policy aponta que, em 2012, foram produzidas 66,5 milhões de toneladas de frutos do mar, contra 63 milhões de toneladas de carne vermelha.  Há enormes desafios ambientais com a atividade.
 
Algocultura
 
A alga serve de alimento e abrigo para muitas espécies de organismos aquáticos. As macroalgas marinhas vêm sendo utilizadas há milênios pelos povos orientais, como parte importante de sua dieta alimentar. China, Japão e Coréia se destacaram como os grandes consumidores de algas na área alimentar.
 
Este pode ser o foco da Jurong em Aracruz.  As algas marinhas também são usadas como matéria prima em grande variedade de produtos.  Em 2003, a indústria usava cerca de 7,5 a 8 milhões de toneladas de algas anualmente, tanto coletadas na natureza, como cultivadas. 
 
Os maiores produtores mundiais de  algas,  colhidas ou cultivadas, são a China e Japão  – os  grandes produtores  -, seguidos pelos  Estados Unidos da América e  Noruega.
 
Desta forma, além de produzir navios, com todos os danos ambientais e sociais decorrentes de seu estaleiro, a Jurong atuará em dois ramos da produção marinha na costa capixaba.  

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